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Alda Costa comenta Ana Maria

por Nuno Castelo-Branco, em 15.11.13

"Ana Maria (n.1933), por exemplo, é um desses casos. A viver em Lourenço Marques, depois de vários anos de vivência em várias regiões no interior de Moçambique, realizou a sua primeira exposição individual em 1956 no salão da Associação dos Naturais de Moçambique. A partir daí, colaborou (comunicação pessoal) com João Ayres e outros artistas (José Freire, Bertina Lopes, Alfredo da Conceição...) na preparação dos pavilhões para a Exposição da Vida e da Arte Portuguesas realizada nesse mesmo ano, participou na colectiva que se realizou e fez uma segunda individual em 1958, por iniciativa do Núcleo de Arte. O seu trabalho, a partir da sua experiência de vida e sem mestre (apenas algumas aulas com Frederico Ayres), inspirava-se, o que ainda hoje acontece, nas terras que percorreu e onde viveu, na sua vivência pessoal, na das pessoas à sua volta, no que observou, na prática e vivência colonial. Possui, por essa razão, importantes características documentais que a diferenciam do trabalho dos restantes artistas e lhe dão um lugar muito particular na arte em Moçambique.  A edição de um livro sobre o seu trabalho, produzido em Moçambique e, mais tarde, sobre Moçambique, seria de extrema importância ainda que, ao mesmo tempo, sobre Moçambique, seria de extrema importância ainda que, ao mesmo tempo, pudesse provocar alguma controvérsia. O seu trabalho de ilustração merece igualmente atenção."

 

Uma citação, entre muitas outras, do trabalho da minha mãe, no livro de Alda Costa Arte em Moçambique - Entre a construção da nação e o mundo sem fronteiras 1932-2004, da editora Verbo. Tive o prazer de conhecer a autora numa das suas visita a casa dos meus pais, em Caxias. Longamente conversámos à boa maneira de outrora, isto é, bem portuguesmente à volta de uma mesa bem servida de comezainas por cá consideradas exóticas. Talvez não seja exagero afirmar que ouvi mais do que usei da palavra, pois interessava-me a percepção que as novas autoridades moçambicanas tinham de um passado ainda não distante, subitamente interrompido pela debandada de praticamente todos os nomes que durante algumas décadas preencheram as ainda pouco conhecidas actividades culturais naquele antigo território ultramarino. Alda Costa tem bem presente a originalidade do trabalho de Ana Maria, única e exclusivamente ditado pela ânsia de documentar pictoricamente os aspectos mais marcantes da vida das populações moçambicanas, fossem elas negras, brancas ou de outras etnias. Usos e costumes hoje perdidos nos grandes centros urbanos, encontram-se preservados através de algumas telas e madeiras, sendo contudo em maior número, aqueles aspectos que na ruralidade dos vários ambientes do grande país que Moçambique é, talvez ainda não tenham sido eliminados pela chegada de um duvidoso progresso. 

 

O parágrafo final da citação acima aposta - a controvérsia que a exposição da verdade dos factos acarreta - , chama a atenção para alguns aspectos incontornáveis numa obra que deve ser considerada como um projecto de vida, dada a sua complementaridade e exaustão na pesquisa. À criatividade sobrepõe-se sempre a estrita fidelidade ao visto, àquele testemunho que deixa a invenção a que normalmente catalogamos de mentira ou propaganda, para os aggiornados ao antes ou depois dos acontecimentos de 1974-75. Aqui está o facilmente previsível incómodo de um trabalho que foca a soberania portuguesa em toda a sua complexa multiplicidade de aspectos, sejam eles os que agradarão aos novos senhores do poder instalado, ou pelo contrário, profundamente os julgarão inconvenientes, pois desconstroem heróicas lendas, a expressão amável para a falsificação da história. Temos de tudo, desde o trabalho de sol a sol, até à ainda hoje existente selecção física de pessoal destinado ao árduo trabalho nas minas do Rand. A criadagem, o obsessivo argumento dos detractores desse passado já bem passado, sumariza a concepção "progresseira" do mundo colonial português, como se hoje, decorridas duas gerações, a situação não fosse muito mais acentuada e com retintas pinceladas de degradação cívica. O negro, ou melhor, o preto, foi pintado tal qual surgia diante de todos, um homem completo e orgulhosamente individualizado, bem diferente daquela arte deixada por outros brancos e que de tanto idealizada, muitas vezes se aproxima da embaraçosa caricatura. A pintora gostava desses pretos do mato ou da grande cidade e  que por outros artistas eram olhados como passageiras curiosidades num ambiente complexo.
Tão nativa de Moçambique como eles, Ana Maria sempre os quis conhecer melhor, deles se aproximando sem sobranceria. Lembro-me bem da minha mãe, terminada uma tela, questionar o criado acerca daquilo que ali via, invariavelmente recebendo como resposta um ...xiiii, à sinhôra sabi mesmu como nós sômo!  Melhor homenagem não podia ser feita, tendo desde sempre a minha mãe secundarizado a chamada crítica de coluna e o tortuoso fraseado laudatório, fatalmente de circunstância. As inquirições às por vezes insubmissas populações do mato, um ou outro vexatório castigo, mas também, para desilusão de alguns, aqueles aspectos  benéficos trazidos de fora e que foram essenciais para a construção de uma entidade política hoje independente; a organização civil, os sectores laborais, a assistência às populações - fosse a escolar ou a da saúde, entre muitas outras -, a administração da justiça, o impedir do consuetudinário crime de sangue e porque não?, a construção das infraestruturas essenciais ao progresso material. A par do mais extremo apego à sua terra e sua gente, é facilmente perceptível a fidelidade a uma certa ideia, hoje desaparecida, de um Grande Portugal que para ela existia como comunidade das mais desvairadas gentes e credos, dispersa em todos os continentes da geografia planetária.

 

Ana Maria era e ainda é portuguesa e africana. Jamais fez fretes ao que era politicamente correcto nos tempos da 2ª república portuguesa e generosamente pagou com a mesma moeda as festivas loucuras africanas pós-1975.

 

Sem jamais se ter dado a preocupações da análise comummente chamada de intelectual, esta vastíssima obra é por isso mesmo incómoda, involuntariamente ridicularizando frases feitas, alegações politicamente correctas ou certezas ditadas por uns tantos que jamais terão pisado a realidade daquela África que existe fora dos confortáveis âmbitos das salas de conferência a soldo dos interesses governamentais e dos fare niente nos hotéis ou resorts de renome internacional. Em suma, a verdade dói, ferindo o que é essencial: a legitimidade no seu sentido mais amplo.

 

Um livro que exaustivamente nos faz desfilar factos e nomes do restrito círculo de artistas moçambicanos, fazendo-me viajar no tempo e recordar algumas cenas, por vezes caricatas, a que durante os anos de infância tive o privilégio de testemunhar. O silêncio de alguns artistas perante o trabalho exposto pelos seus pares, os comentários enigmáticos que infalivelmente denotavam  uma disfarçada rejeição, ou pior ainda, os olhares glaciais e ferozes que muitos deles trocavam nas exposições colectivas. Chegados a casa, lembro-me dos meus pais fartamente gargalharem a propósito do grotesco de certas situações presenciadas, como se um fugaz centro de atenções num fulano ou beltrana, se tratasse de inevitável casus belli. À desinteressada grandeza e presença de espírito de alguns, somava-se a altivez postiça e armalhonice de outros auto-crismados Miguéis Ângelos ou da Vincis austrais. Existem dúzias de estorietas que entre o cómico e o triste, poderão um dia ser narradas noutro âmbito. 

 

A todos os luso-moçambicanos, um livro que convém adquirir e ter como fonte de consulta. Abstraindo-nos de algum panfletarismo decorrente da situação politicamente unívoca em que o novíssimo país teima em permanecer, este é um bom contributo prestado por Alda Costa. Oxalá um dia possa também libertar-se de algum entorpecedor lastro que nestes dias já nenhum sentido tem. 

 

publicado às 16:34

Goya, Pomar e Rego

por Nuno Castelo-Branco, em 04.09.13

 

Luís Filipe I, por H. Daumier

 

Bem a propósito deste post do Samuel, de imediato sobram-nos recordações de leituras acerca da genialidade de pintores que como Goya, tão bem souberam estampar as grandezas e misérias dos poderosos. O  monumental quadro "A Família de Carlos IV", tem sido alvo do interesse de todo o tipo de curiosos pela psique e fisionomia do bicho homem, desdobrando-se os críticos em considerações pouco elogiosas para com os membros da Casa de Bourbon, invariavelmente tombando na velha e praticamente exclusiva pecha da consanguinidade e respectivos nefastos efeitos. Por vezes os textos transpiram eugenismo, lombrosianismo e outros ismos que durante todo o século XX conduziriam a toda uma série de magnicídios de difícil assunção por parte dos estrénuos partisans da modernidade, justiça e equidade, enfim, daquele progresso aparentemente garantido como inevitável, mas sempre acompanhado por condimentos daquele sórdido pendor pró-selvagem que jamais deixou o Homo sapiens.

 

O adular das massas amorfas, entendidas sempre pelas privilegiadas cabeças pensantes como avessas a qualquer resquício de grandeza - seja ela física, moral ou material -, impôs a canga do permanente escárnio de quem não conforma o modelo idealizado. Assim, sempre existiram e existirão Honorés Daumiers, Goyas ou Bordallos Pinheiros ansiosos pelo elevar à condição de arte suprema, o denegrir de personalidades consideradas odientas, elimináveis. Nem sempre coube ao pincel, ao escopro e martelo ou à pena que risca papéis com tinta da China, a missão da destruição de reputações. Sem voltarmos a tecer quaisquer considerações acerca da intencional criminalização de D. Carlos I por Junqueiro, há que recordar as violentas diatribes que um dia V. Hugo fez tombar sobre a memória daquele que talvez tenha sido o maior estadista francês pós-Napoleão I, precisamente o seu bem esclarecido sobrinho Luís Napoleão Bonaparte (III). 

Todos nós possuímos fotos que gostamos de mostrar e outras que por mero acidente decidido pela oportunidade de um esquecimento, para sempre ficarão num envelope no fundo da gaveta.

 

Não sendo aquilo a que vulgarmente se designa de "uma beleza de hortaliça", Hollande é dono e senhor de uma grande quantidade de testemunhos fotográficos, nalguns surgindo de uma forma aceitável - aquele homem sans aucun intérêt que faz parte da imensa maioria dos mortais - e outras que foram captadas num mau momento que o artista por detrás da câmara, gulosamente registou. Uma má foto, forçosamente não representa um imbecil, talvez se trate apenas d'un bon à rien.

O problema estará então na intencionalidade de quem não recorrendo aos rolos fotográficos ou às benesses tecnológicas do digital, procura exprimir numa tela aquilo que vê, sente ou presente numa dita personalidade que a muitos ou a quase todos interessa. 

 

Entre nós e felizmente ainda vivos e activos nos seus misteres, Júlio Pomar e Paula Rego deixaram à posteridade as suas percepções acerca de geniais e quase sacrossantos vultos que têm pontificado este regime de prometidas oportunidades de igualitarismo e progresso imorredouro. Não poderemos garantir seja o que for quanto a um rebuço de maldade, escárnio, afincado estudo psicológico ou mensagem enviada aos vindouros pelos dois pintores contemporâneos. Serão Mário Soares e Jorge Sampaio aquilo que as duas telas, goyesca, ostensiva e escandalosamente exibem?

 

Se para alguns a resposta for afirmativa, então nem sequer precisará alguém de gritar ...o Rei vai nu! 


 

publicado às 17:58

Muralismo político da JCP

por John Wolf, em 23.06.13

Sobre a pintura do mural numa escola do Porto e a detenção dos artistas há muitas questões que devem ser inscritas na parede. Em primeiro lugar, a arte produzida era assim tão má? O muro em questão é propriedade pública ou pertence a uma galeria de arte? Os pintores foram contratados, trabalhavam a recibos verdes ou realizavam um biscate? Os contornos ideológicos têm importância, mas não necessariamente por opôr a juventude comunista ao governo. Os murais produzidos pelo partido comunista português ao longo das últimas décadas, foram quase sempre dos mais criativos (ok, repetiam muitas vezes imagens do foice e do martelo), mas não é isso que está em causa. Se de facto o referido muro pertence a todos os portugueses, e se aceitarmos a violação desse espaço em nome da liberdade de expressão, então teríamos de aceitar graffiti em todos os domínios públicos. Mas há zonas cinzentas que não podem ser ignoradas. Uma mensagem de protesto inscrita na areia da praia com um pauzinho de um gelado Supermaxi constitui transgressão do domínio público?Uma avioneta que rasga os céus atrelando uma mensagem de propaganda não estará a fazer uso do espaço aéreo para fins específicos que não interessam ao menino Jesus? Ou seja, em princípio, a expressão geográfica do país é passível de ser entendida como uma gigante ardósia para mandar recados. Se o tal muro pertence à escola então deve obedecer ao princípio consagrado na constituição, à separação da escola da política, do dogma ou da religião. Se a escola autorizou a inscrição de arte comunista, deveria atribuir a outras minorias uma parte desse direito, um talhão dessa parede. Aos ciganos, aos deficientes, aos muçulmanos, aos hindus, aos lojistas chineses e aos clubes de futebol. É esse o princípio que está em causa e nunca o facto de ser uma mensagem de contestação política que por acaso opõe os comunistas ao governo. O espaço público, embora geneticamente seja uma amálgama de posições politicamente contrastantes, na minha opinião, não pode ser apropriado por uma qualquer hierarquia. Se a escola autorizou o uso do muro para fins ideológicos ou políticos, serão os membros do conselho directivo que devem ser interrogados pelas autoridades. Se alguém trespassasse a sua propriedade privada e escrevesse insultos no muro que divide o seu quintal do jardim do vizinho, aposto que ficaria chateado e que chamaria a polícia? E se apanhasse em flagrante os autores ainda mais contente ficava. Embora não tenha escutado o Mário Nogueira a esse propósito ou outro dirigente sindical,  cuja matéria-prima com que lidam são escolas, parece que houve conluio da parte do estabelecimento de ensino. A escola alegadamente terá autorizado a primeira demão. Ou será que foi um trabalho nocturno, feito às escuras? O facto de terem sido muralistas da juventude comunista a serem apanhados é uma questão secundária. Sem dúvida que o filme é perfeito para fazer má figura do governo. Mas sejamos sinceros, o governo já estalou o verniz há muito tempo. Não precisava de algemar estes alunos de belas artes para estragar ainda mais a sua maquilhagem.

publicado às 08:13

Cheira a esturro

por Nuno Castelo-Branco, em 05.06.13

 

Somando-se ao "empréstimo" das jóias para sempre desaparecidas, eis mais uma para o jornal do incrível deste estranho esquema vigente. O sr. Viegas devia estar muito distraído, pois caso contrário, isto é demasiadamente "vigas" para ser verdade.

publicado às 18:37

Diogo Navarro premiado na Rússia

por Nuno Castelo-Branco, em 15.10.12

Diogo Navarro, expõe no Palácio da Ajuda a partir de 16 de Outubro

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publicado às 08:00

 

o amor que os inflamava, Francesca e o seu cunhado Paolo, lêem o romance entre Lancelot, o primeiro dos cavaleiros da Távola Redonda, na corte do rei Artur, e a futura rainha, Guiniviere, são surpreendidos pelo marido daquela, e irmão deste, Giovanni.

Razão pela qual Dante os irá situar no Inferno da sua « Divina Comédia » como " pecadores adúlteros ".

publicado às 00:09

A pedido da Cristina

por Samuel de Paiva Pires, em 17.05.09

Aqui fica, "Momento de Civilização", do Nuno Castelo-Branco:

 

publicado às 19:00

Mas se já tinha umas luzes sobre a pintura de Turner,

por Cristina Ribeiro, em 23.04.09

 

ver, primeiro na Natinal Gallery, depois no Victoria and Albert Museum, os quadros de John Constable teve em mim um impacto do encontro com o muito belo até aí desconhecido.

Nele senti, talvez, ainda uma maior identificação com a natureza, onde o céu sempre ocupou um lugar de primazia.

Nascido no condado de Suffolk, e, tal como o pintor londrino, muito facilmente reconhecido como seguidor da escola romântica, mas, em quem se vislumbram, também, já, laivos impressionistas, iria ser, do mesmo modo, na capital inglesa onde, ao fim de muitos embates com a Academia, acabaria por se revelar publicamente.

Foi lá , também, que o fui descobrir.

publicado às 20:08

Conhecia já, razoavelmente, a pintura de Turner,

por Cristina Ribeiro, em 22.04.09

 

mas ir a Londres significava, forçosamente, ir à National Gallery, mas também à Tate Gallery, e aí olhar os seus quadros, nas dimensões pensadas pelo pintor, apreciar as cores com que pintou a luz e as sombras, ele que sendo antes do mais um pintor romântico, é apontado como percursor do impressionismo.

Nele admirei desde sempre as paisagens, a forma como se identificou com a natureza, e, claro, a presença do rio  ou do mar  nos seus quadros, como nesta aguarela marítima...

 

 

 

                         * Ou será um óleo?  deste não vi o original...

publicado às 22:16

Exposição de Ana Pimentel

por Nuno Castelo-Branco, em 21.12.08

 

Ana Pimentel apresenta um conjunto de Obras – Pinturas sobre Tela e sobre Papel, ocupando os 2 Espaços da Galeria SETE.

A partir de um elaborado e organizado processo de trabalho, a Obra de Ana Pimentel incide na ligação entre Arquitectura e a Natureza. A Arquitectura foi sempre um elemento central na construção da sua Obra, sendo indissociável desta, o conceito de Tempo e de Identidade.

A Arquitectura, como elemento que molda a nossa vida quotidiana e que qualifica o espaço  construído em que nos movemos, sendo aqui o elemento tempo essencial para a sua percepção. A Identidade dos Espaços físicos ou sensoriais surge na Obra de Ana Pimentel, associada a elementos comuns que constituem com o passar do tempo, também eles elementos da nossa própria Identidade, na medida em que nos apropriamos deles. Sejam essas referências, o cheiro de uma flor, a memória de um Lugar, o toque distinto de um bordado, o sabor de um fruto, ou o som de um Espaço…

Quase como contraponto, surge a influência do espaço Natural, com toda a sua cor, organicidade, variedade de formas e texturas.  Ana Pimentel interpreta-o plasticamente e conceptualmente, recorrendo ao uso de diferentes materiais que se vão sobrepondo e acumulando na superfície da Obra originando por sua vez diferentes texturas e padrões utilizando a técnica da colagem, sempre segundo um conceito de organização espacial dos próprios limites do suporte, onde tudo acontece, poderá acontecer, ou continuar no mundo da ilusão mental.

As referências à cultura tradicional portuguesa como são exemplo, os bordados, as rendas, a utilização de símbolos que identificam a paz, a harmonia e o amor ou os padrões alusivos à azulejaria marcam a última fase da Obra de Ana Pimentel.  O ritmo e a cor destas formas, tintas e materiais, conjugam-se de tal forma que se poderá afirmar que a sua Obra não será mais que a exaltação à Vida com toda a intensidade e efervescência com que lhe percorre as veias.

 

 

Ana Pimentel ( Ermesinde 1965 ) vive e trabalha no Porto. É Licenciada em Artes Plásticas – Pintura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto e foi Bolseira da Fundação Noesis de Barcelona. Entre 2004/2006 uma Exposição Individual e Itinerante da sua Obra foi apresentada no Brasil em locais como o Museu de Arte da BAHÍA, o Museu HISTÓRICO NACIONAL do Rio de Janeiro, o Museu do Estado do PARÁ ou o PALÁCIO DAS ARTES de Belo Horizonte / Fundação CLOVIS SALGADO.

A sua Obra foi ainda apresentada no BARBICAN Centre ( Londres ), no NORDICO Museum Der Stadt ( Linz, Áustria ), no MAJDANEK Museum (Lublin - Polónia ), no Centro Cultural CALOUSTE GULBENKIAN ( Paris ), noMuseu de  SANT FELIU DE GUÍXOLS  e Fundacion FOCUS - ABENGOA ( Espanha ). Este ano  realizou uma exposição Individual na ISM Gallery ( Miami ) e integrou exposições colectivas na Primo Piano Gallery ( Lecce, Itália ) e na Galerie Denise Van de Velde ( Aalst, Bélgica ).

 

Ana Pimentel ao longo do seu percurso, já recebeu inúmeros prémios e distinções, destacando-se o 1º Premio " SOCTIP ", Jovens Pintores (1991), o 1º Prémio " GALP " do Instituto Superior Técnico de Lisboa (1991),Prémio Aquisição " BP OIL EUROPE " (Bruxelas 1992), Prémio " VESPEIRA " (1993), Prémio " IBERDROLA " (Espanha 1994), Prémio " MDS/SONAE " (2000), Menção Honrosa " Prémio MACAU de Pintura " ( China / Macau 2001), Prémio ESPECIAL do JURÍ (Marinha Grande 2004).

A sua Obra encontra-se representada em várias Colecções Públicas nacionais e internacionais bem como Privadas com destaque para a prestigiosa Colecção P. Robert and Partners ( Morges / Suiça ).

 

 

 

 

Galeria SETE

Av. Elísio de Moura,53

3030 -183 Coimbra

publicado às 11:04

«A Ronda da Noite»

por Cristina Ribeiro, em 19.05.08
O livro de Agustina Bessa-Luís tem sido uma leitura adiada, e, numa tentativa de me justificar a mim mesma por lhe antecipar outras que vão surgindo, digo-me: não perde pela demora porque quando me dedicar a ela, fá-lo-ei mais relaxadamente...
Mas olhando a capa, aquela pintura de Rembrandt, lembro-me da viagem que fiz a Amsterdão e arredores, há dois anos.
A visita ao Reiksmuseum era obrigatória, mas , tal como a minha irmã, temia a capacidade de "resistência" de uma sobrinha, que tinha apenas seis anos. Qual quê? Deliciou-se a olhar todas aquelas pinturas, na sua maioria do Século de Ouro holandês, o XVII, e até deu mostras de um ainda incipiente espírito crítico, o que nos fez pensar que talvez estivéssemos a contribuir para que nela florescesse a apreciadora de arte...

publicado às 18:15






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