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o putedo de esquerda, ponto um: lula, dilma e a tribo de selvagens emersos da jamba tupi lixam-se para a justica e para o eleitorado, decretando de caminho a irrelevancia dos primeiros, dos segundos e dessa coisa terciaria chamada realidade.
ontem gostei de ver "os imortais"; a-p vasconcelos eh um realizador de merda mas o nicolau, o unas, o almeida e a emmanuele seigner salvam aquilo tudo. boa historia, daria para muito mais se coppola ou john irving lhe pegassem. como se passou no cu do mundo (copyright socrates), nao pegaram.
o putedo de esquerda, ponto dois: tres socialistas (um ex-ministro da saude que num pais normal teria sido executado por milicias de rua, um nao-ente e alguem de centro-direita cuja densidade desconheco) contracenaram no pros & contras, pagos pelo mesmo erario de onde saem prebendas divanescas para os vicejantes da rtp, com o unico ser são que ali andava - plateia inclusa - jose eduardo martins. um povo que ignora estes arrobos de circo romano ou que, vendo-o, encolhe os ombros eh um povo irremediavel a quem nao deve ser dada a liberdade de mandatar o uso do poder, i.e , nao merece a democracia.
carthago delenda est, mas ja tarda.
Não acredito que um governante com sérias responsabilidades possa dizer, de ânimo leve, de que não dispõe de um plano B. Está a gozar com os cidadãos de um país inteiro? O político mal nasce vive de planos B, e já agora de planos C, e aí por diante. A condição política assenta na grande probabilidade e não na pequena certeza. Isto é ABC que qualquer dona de casa entende. Não há carne? Prepara-se uma massa. Não há gás? Lava-se o sovaco com água fria. Por vezes penso que estamos a lidar com amadores, embora tenham sido os presidentes do conselho de administração de grandes empresas. O orçamento, seja doméstico (para ir ao super-mercado), ou de Estado (para dificultar a ida das pessoas ao mini-mercado), assenta nessa areia movediça, na ideia de vários planos de contingência que se vão revezando até se encontrar a solução. Os governantes têm de se munir das ferramentas de trabalho adequadas, ou então não vale a pena se apresentarem ao serviço. Os planos com todas as letras do alfabeto têm de existir; num anexo ao barracão do governo ou perto do conselho de ministros, tem de haver um armazém com o stock cheio de planos alternativos. Pires de Lima, ao afirmar que não tem à mão um plano B, estará porventura a transferir o ónus do falhanço do plano (A) para o tribunal constitucional. O antigo cervejeiro sabe que o tribunal constitucional não trabalha com planos. Usa a chapa N (N de não) e os juizes perguntarão indignados: plano B? O que é isso? Nunca ouvimos falar e não temos disso na nossa despensa. E quanto ao plano A? há - mas não é verde. Vai ficar maduro lá para Junho de 2014, quando terminar o programa de ajustamento. E aí sim. A partir desse momento é o ver se te avias de planos. É o plano de acessos aos mercados. É o plano de emprego e crescimento. É o plano da função social do Estado. E não passamos disto. Não encontramos modo de quebrar o enguiço, este diálogo de teimosias que arrasta Portugal pela lama da sua desgraça económica e social. Nem é preciso saber muito de planos para perceber que muitas vezes não funcionam - os grandes planos. O plano faz parte de algo consensual, quase sexual, faz parte da relação poligâmica do poder e muda de parceiros constantemente. Os planos estendem-se sobre a mesa, com indicações claras dos caminhos a tomar, mas a dada altura do filme, há quem rasgue o guião e olhe para a estrada que tem por diante. Todas as excelsas considerações caem por terra, e os planos passam a valer muito pouco porque a paisagem é montanhosa, íngreme - pouco plana.