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Decididamente, não me revejo nesta horda de comentadores, pagos a hora , nos vários canais de televisão, que mais parecem salsicharias , através dos conteúdos tipo enchidos, com que nos presenteiam diariamente e isso sim reflecte os tempos que vivemos, cingindo-se como se de um coro se tratasse, a tratar mal e porcamente (como é uso dizer) a informação (estão a pedir uma visita da ASAE).
Já não se trata de ser direita ou esquerda, mas sim de se ser honesto , de ser coerente.
Fala-se do Panamá Papers, como se a informação fosse suficiente, para todos os idiotas se transformarem em especialistas de paraísos fiscais.Subitamente, não há idiota que não se afirme especialista no tema.
Nunca percebi bem como funcionam, os paraísos , porque nunca fui Santo, mas sei, que certamente alguns clãs dominantes da nossa vida pública, poderiam dar aulas sobre o tema. Não o fazem, optando no entanto por fazer ameaças bacocas, a quem se-lhes opõem. A verdadeira tirania do poder do dinheiro , o oposto ao paraíso, o Inferno.
Inferno é verdade , também não sei muito do tema inferno, sei que quando vejo a falta de respeito nos modos , nos procedimentos e na incoerência dos chamados Bloco-galambistas ,revejo um mundo em que não me enquadro e em que não me revejo, provavelmente, um inferno dentro da democracia, em que movimentos como o Podemos Espanhol e seus associados Internacionais, são financiados por ditadores loucos como o Venezuelano Chaves. Infernos tão democratas que não aceitam opiniões divergentes, que não respeitam a casa da Democracia, que não recebem um chefe de Estado Espanhol porque não gostam das monarquias. Isto para não falar do jogo do trafico de influências, que através do poder, exercem sem pudor, colocando quem lhes interessa no posto certo, para poderem manter uma contabilidade do deve e haver do poder. A Europa das democracias criou um grupo de pequenos demónios que gostam tanto de dinheiro que inventaram um paraíso fiscal, em vários pontos do mundo.
Seram crimes menores estes do inferno da democracia comparados com os dos paraísos fiscais? O socialismo do amigo de Sócrates, o socialismo de Chaves é que foi coerente , igualou todos na Venezuela , agora 87% da população está na miséria, Bravo.
Como algum entendido dizia hoje ; " ...se há paraísos fiscais é porque há infernos fiscais." afinal parece que há muitos tipos de inferno ou como diria Sartre " o nosso inferno são os outros"
Portugal é um caso à parte. Não é a Grécia nem é a Espanha. Mas os acontecimentos em curso naqueles países podem ter ou terão efeitos indesejados neste país. Tsipras acaba de anunciar antecipadamente aquilo que era expectável. No dia 5 de Junho teremos o primeiro de uma série de defaults gregos. Não existem meios para pagar o que é devido ao Fundo Monetário Internacional e não existe margem política para implementar medidas adicionais de austeridade. Enquanto esse evento "excêntrico" decorre, em Espanha ainda sopram ventos promissores do Podemos e Ciudadanos. O centro da Europa observa com apreensão. Os dois fenómenos podem funcionar em tandem, emprestando força numa relação de reciprocidade, de engrandecimento e risco. A Troika sabe que não pode penalizar aqueles que cumpriram o seu ditado. Nessa medida, Portugal não será percepcionado como um caso extremo, mas certas condições terão de ser observadas. Já registámos o "baixar da bolinha" do Partido Socialista. O próprio António Costa já chamou "tonta" a abordagem do Syriza, e ele tem boas razões para o fazer. Quer ganhar as eleições, mas essa vitória depende de um acordo pré-nupcial com a Alemanha, a União Europeia, o Banco Central Europeu, assim como outras instituições europeias. Para cumprir as promessas de obras públicas, reposição de pensões e salários, Costa apenas o poderá fazer com meios financeiros adequados, de preferência a fundo perdido, como tem sido apanágio dos socialistas sempre que tomam o poder. As movimentações hispano-gregas devem ser acompanhadas com muito interesse. As semanas que se seguem serão determinantes para Portugal. Portugal é um caso à parte. Começa a dar sinais de ímpeto económico, mas não embarquemos em aventuras. À Embaixada a Roma, esplendorosa e reluzente, seguiram-se ciclos de marasmo e decadência. O Museu dos Coches serve para recordar que cavalos alados fazem parte de um mundo de sonho e fantasia - narrativas que emanam do Largo do Rato com excessiva facilidade.
Quando vejo a histeria a tomar conta dos povos, recordo-me dos filmes históricos dos anos 30 do século passado. Quando vejo povos derreados pela verga da indignidade económica e social, penso no sofrimento incomensurável de famílias inteiras. Quando vejo expressões de pura demagogia a tomar conta dos discursos de políticos, sinto que as nossas sociedades correm grandes perigos. Quando observo a bandeira da libertação ser hasteada, penso como será a nova ordem proposta pelos mercenários. Quando comprovo como nações inteiras podem ser postas ao serviço de interesses ideológicos, deixo de acreditar na pureza da Democracia. Quando testemunho a facilidade com que se arrebanha gente, penso em colunas militares. Quando sinto a prevalência do dinheiro na retórica inflamada, sei que a alma humana foi vendida. Quando registo a facilidade com que se desonra a palavra, conheço o valor de um aperto de mão. Quando nem preciso de olhar para ver, sei que já embarcaram num caminho de difícil retorno.