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Só para terem uma ideia da angústia que me causa não poder renunciar à nacionalidade portuguesa, aqui ficam as headlines do Jornal de Negócios, ainda assim o menos mau da praça.
Numa tarde em que tudo acontece, na Ucrânia, nos mercados, na Índia, na ciência e na tecnologia, os títulos cá na paróquia ficam-se pelo mais confrangedor atraso - no tempo e na relevância.
Assim é normal uma pessoa sentir-se bem na pele de renegado e olhar com a mais feroz altivez para a maioria do eleitorado, incluídos os que nunca votaram.
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Resultados acima do esperado da Apple e Facebook animam Wall Street Os principais índices bolsistas norte-americanos abriram em alta, com o sector tecnológico a dar o maior impulso do outro lado do Atlântico.
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Saiba quem são os jovens executivos mais bem pagos do mundo Finanças e Tecnologias são as áreas em destaque no 'top 10' apresentado esta quarta-feira pela revista "Times".
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Finanças garantem devolução de pensões a viúvos em Maio O Ministério das Finanças garante que no mês de Maio vai devolver o dinheiro aos pensionistas viúvos que desde o início do ano estão a sofrer um duplo corte nas suas reformas por via da redução da pensão de sobrevivência e da contribuição extraordinária de solidariedade (CES). As regularizações serão efectuadas no momento em que as pensões forem pagas, disse esta quinta-feira fonte oficial
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Portos: "Compromisso contínuo do Governo será crítico" Troika espera análise sobre o corte de custos para os exportadores, gerado pela nova lei de trabalho portuário, na próxima avaliação ao programa de ajustamento
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Portugal entre os países da UE com menores níveis de satisfação com o trabalho Mais de metade dos trabalhadores da União Europeia considera boas as condições de trabalho no seu país, mas a maioria acha que as mesmas se deterioraram nos últimos cinco anos. Mas em Portugal, apenas 32% da população está satisfeita.
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Paulo Portas ouvido como testemunha no âmbito do processo dos submarinos O vice-primeiro ministro Paulo Portas foi ouvido pelo Ministério Público como testemunha no âmbito do processo dos submarinos, informou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
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Bolsas europeias voltam aos ganhos As principais praças financeiras estão a beneficiar de anúncios de resultados acima das expectativas. O destaque é a especulação de uma oferta da General Electric sobre a Alstom.
Aprecio uma boa comparação, mas é na analogia que está o ganho. Também sou apreciador da ideia rebuscada, aquelas elaborações do caneco que não lembra ao diabo cego, surdo e mudo. Cá vai: Poiares Maduro está para os impostos como Obama está para a intervenção militar na Síria. Vamos lá por partes e devagarinho para ver se isto funciona, se não me engano. O que Maduro diz em bom português (proferido no International Club) é que o Estado deve entregar parte do arsenal, reformar alguns dos equipamentos e funcionários que têm servido para chupar o tutano aos contribuintes, ou zás, vem aí uma série de novos impostos. De acordo com o ministro, a Reforma do Estado tem mesmo de acontecer ou então vai haver um bombardeamento tributário da população civil, já de si indefesa, muito perto do desfalecimento. Esta conversa de ministro nacional soa a nova diplomacia de Obama. O presidente americano usa mais ou menos a mesma fórmula; a Síria deve reformar o aparelho militar ou ainda leva com uma catrefada de Tomahawks. Face a estas declarações devemos realmente ter algum cuidado. Lembram-se do cherne, perdão, daquela expressão portuguesa? - Pela boca morre o peixe? Em ambos os casos, no nacional e no americano, as palavras precedem os actos. De certa forma o que estão a dizer é: quem te avisa teu amigo é (e daqui a nada estás a levar umas mocadas). Esta forma de comunicação política é subtil, mas não o suficiente. Nem é preciso ser candidato autárquico para perceber a conversa. Para bom entendedor meia palavra basta (caramba! Estou farto de puxar pelos galões dos provérbios e dizeres populares!). Significa isto, que no caminho penoso em direcção ao cada vez mais que provável segundo resgate, ainda teremos tempo para uns encores de austeridade. O Maduro usou o palco do International Club de Lisboa para exercer esta magistratura do aviso de cobrador. No caso do Obama ainda estou para ver se a Rússia consegue obrigar Assad a entregar o material químico. Em ambos os casos algo vai acontecer. E não me parece que seja coisa boa para os objectores de consciência leve ou pesada. A expressão inglesa - Death and Taxes - serve na perfeição para o que pode acontecer a breve trecho na Síria e em Portugal.