por Cristina Ribeiro, em 24.09.12
No decorrer do ano de 1912, ao justificar a necessidade e utilidade das « Farpas », Ramalho Ortigão escreveu: « eu e alguns do meu tempo entendemos que a sociedade portuguesa encharcava e apodrecia na subserviência de um parlamentarismo quase tão oco como o de agora, e como o de agora exercido por ávidos politiqueiros de ofício, sem nenhum conhecimento dos interesses e das aspirações nacionais, e deliberámos acordar do seu letargo a consciência pública ».
Se surgisse, hoje, alguém que se propusesse continuar essa deliberação, poderia, sem trocar uma palavra sequer, usar este texto como prefácio.