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Eram da Holanda, esses dois casais amigos que tanto gostavam de passar o mês de Agosto numa casa que temos lá no Alto Minho. Numa dessas estadias entre nós, estávamos nos anos 80 do século passado, numa altura em que se anunciava já a adesão de Portugal à CEE, uma das senhoras disse que os portugueses ainda haviam de se arrepender de dar tal passo; que não sabíamos o que nos esperava... E ainda estávamos longe da União Europeia -do Tratado de Maastritch -, do Acordo de Schengen, do Tratado de Lisboa, o tal que só quem sabemos achou " porreiro "...
Diz Jerónimo de Sousa. Vou mais longe - como se adivinhava -: é preciso, para que Portugal retome o caminho de um país sério, romper com toda esta classe política medíocre, que começa a sua ascensão nas juventudes partidárias, com o único pensamento de " encher o bandulho ".
Um dia com algumas notícias que pouco surpreendem:
1. No Reino Unido, a falta de confiança dos eleitores na outorga de uma maioria absoluta. Caberá à Rainha um papel importante na escolha do novo governo.
2. A generalização da certeza da loucura que representa a construção de mais auto-estradas, TGV e aeroporto. Já começaram os conhecidos sussurros acerca de comissões ..."que de certeza já foram recebidas e obrigam ao negócio".
3. Os genes do Neanderthal que ainda sobrevivem em muitos europeus: nota-se!
4. A frase do dia: «Tudo isto foi acontecendo. E, um dia, olha!»
5. Pressentindo uma casa a rebentar pelas costuras, os fanáticos da religião "louco-laica" continuam a dizer o que não lhes convém. O desastre será maior.
em que me punha em frente ao ecrã a beber as palavras dos congressistas. Cheguei, ainda a tempo, felizmente, àquele estádio em que achamos uma perda de tempo indesculpável gastarmos uma tarde da nossa vida a ouvir as aldrabices dos políticos da portuga praça: bacocas, intriguistas e mentirosas: o recente congresso do PSD não seria excepção, por maioria de razão, por ter já uma opinião muito clara acerca dos elegíveis.
Mas não tendo assistido, os jornais fizeram-me saber do " caso " que marcou a integração de uma nova cláusula nos estatutos do partido.
Independentemente de qualquer juízo de valor, entendi as razões de Pedro Santana Lopes ao propô-la: não tenho memória de campanha tão suja, vinda do próprio partido, como aquela de que foi vítima. Hoje, ao ver aqui como as coisas se processaram, confirmo o que na altura pensei, como muitas outras pessoas aliás: quem lá estava dentro tinha uma oportunidade d'ouro para pôr a boca no trombone, e não o fez, preferindo, mais uma vez, fazê-lo nos corredores.
Mais uma razão para manter a opinião de que é nesse partido em que é mais desavergonhada e encarniçada a luta de galos, não olhando a meios para atingir fins inconfessáveis.
Sobre os políticos que assim agiram, tem o povo um provérbio muito acertado " pela aragem se vê quem vai na carruagem "...
Digo que desisto de escrever, e daí a pouco cá vai outro postaleco. Que era o último capítulo do calhamaço que é o poder local....; mas um comentário da Si faz-me voltar à liça: " Pena é que estas conclusões só se tirem de 4 em 4 anos e que depois delas volte tudo ao mesmo. Mas não tenhamos vergonha do nosso país."
É impossível não concluirmos por aí todos os dias. O problema é a nossa impotência: o que fazer com a nossa revolta, quando vemos o que fazem ao país criado por Grandes como estes?
Só podemos insultá-los, mentalmente.
Descaracterizam-no, fazem dele, que é um sítio naturalmente bom e bonito, um lugar mau e feio. E tudo isto nos custa, além do mais, muito dinheiro...
Não é bem vergonha, Si, é tristeza. É vontade de chorar.
E último. Porque, quando olho à minha volta, vejo tanta lama, tanta chantagem descarada, pessoas que se vendem por um prato de lentilhas, que a única coisa que tenho para dizer é que tenho vergonha de viver neste país.
que já vem de trás, é uma chantagem inadmissível em democracia, Professor. E os resultados da divisão dos votos pelos " rotativos " aí estão.. Não que tenha uma confiança cega nos outros, mas ainda tenho esperança, e ceder a essa chantagem, não. Votar por convicções...