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Na página " informação " do Facebook digo que tenho horror à politiquice que por cá se tem feito. Por isso tenho clamado por um Partido Conservador, que, dentro do quadro democrático, nos separe bem das águas socialistas por onde temos naufragado, nelas diluídos o PS e PSD em quantidades muito idênticas. Torcer pelo derrubar de muros por parte do CDS, uma aposta que por vezes me deixa esperançosa, para logo deixar cair essa que dizem ser a última a morrer, como quando Paulo Portas recusa falar sobre coligação a dois com o PS , pois que logo sou levada a pensar " quem cala consente ".
Razão porque digo ao Paulo Cunha Porto que, neste momento, depois de ter tido quase-certezas, me resta dizer, como José Régio, só sei para onde não vou .
( Mas, como diz João Pereira Coutinho, as próximas eleições só servirão para escolher o notário, que vai executar o que gente não portuguesa vai determinar, num atestado de incompetência e irresponsabilidade a quem pelo poder andou - podem, pois, continuar a brincar a essa politiquice, deixando princípios e valores para as calendas gregas ).
« My first guiding principle is this: willing and active cooperation between independent sovereign states is the best way to build a successful European Community (...)
Let Europe be a family of nations, understanding each other better, appreciating each other more, doing more together but relishing our national identity no less than our common European endeavour ».
diz Carlos Velasco. É evidente que o tem, mas também salta à vista que o anda a desperdiçar, esbanjando-o na clamorosa falta de clarificação, reduzindo-nos, assim, a essa " coisa " amalgamada de socialismos vários, arredando das urnas muito do eleitorado que se vê orfão, porque dessa " coisa " foge a sete pés, e alternativa a ela não há. Medo de o associarem à extrema-direita? por amor de Deus!- as pessoas sabem ver e distinguir, e se for preciso um trabalho de pedagogia, faça-se. É que esses complexos têm acarretado custos enormes a um país que não sai da cepa torta por ter de assistir a um quasi-eterno muda-o-disco-e toca-o- mesmo. É tão só uma questão de dar o tal passo em frente, com a coragem que é timbre dos grandes estadistas, e Paulo Portas tem tudo para o ser.
Carlos, para te dar as boas-vindas, nada melhor do que pôr aqui outro discurso exemplar que colocaste no Facebook.
Quando, há muitos anos já, cansativos porque não surge no horizonte a mínima chama ou clarão, temos de recorrer ao " mal menor ".É que apesar de nestes partidos [ que têm repartido entre si o destino nacional ] - PS, PSD, e CDS - haver gente com valor individual, sentido patriótico e capacidade política, o que acaba a dominar as campanhas e os aparelhos são os caciques dos negócios ou da militância, mais os inefáveis "filhos da casa", isto, é os oriundos das "juventudes", a ausência de uma real alternativa, de uma direita política, com uma agenda de princípios nacionais (quem defende a independência e a identidade da nação, mesmo num quadro institucional europeu?), atirou-nos para este rotativismo estéril, para esta bambochata de opereta.
A tristeza que nos consome: cá como lá, a alternativa é de mera cosmética.
Via Orlando Braga chego a este escrito de Olavo de Carvalho, " O conservadorismo é a arte de expandir e fortalecer a aplicação dos princípios morais e humanitários tradicionais por meio dos recursos formidáveis criados pela economia de mercado ", que corrobora o apelo ao aparecimento de um partido conservador em Portugal. O CDS está bem colocado para o ser, SE o seu líder pegar o boi pelos cornos e assumir a vocação de um partido diferente dos outros, todos eles socialistas, um pouco para cá, um pouco para lá, como deixaram desde logo claro ao aprovarem, no preâmbulo da Constituição, o socialismo como a meta a atingir.
Num país governado há anos e anos pelo malfadado " centrão ", o conservador não tem lugar: só pode aspirar ao mal menor - um centro uns milímetros à direita, por vezes, demasiadas vezes, rendido ao que lhe está à esquerda é o máximo a que podemos aspirar, nós os que rejeitamos quaisquer associações a totalitarismos: sem linha de rumo certo, oscilando à menor rajada de vento dos interesses partidários e pessoais, o que o aprisiona ao Sistema que nos trouxe até aqui, até este estado deplorável de coisas. Leio que na Irlanda as sondagens dão a vitória nas urnas aos conservadores; e nós? não podemos escolher? Aqueles que são chamados partidos de direita não se diferenciam, em substância, do que hoje está no governo. Coisas mínimas, que os leva a integrar, todos eles, o dito " centrão ", porque feridos dos não menos malfadados " complexos de direita " ; como leio num blogue d'além mar, O combate deve ser cultural (... ); as direitas precisam resgatar os valores comuns da vida, da liberdade, da família, do individualismo político, da tradição e da propriedade, além da livre iniciativa.