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Souvenirs sur la Reine Amélie

por Nuno Castelo-Branco, em 26.12.14

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Oferecida pelo meu amigo Jacques Fieschi, a obra de Lucien Corpechot tem servido de base a todas as outras biografias de D. Amélia. Este volume da edição de 1914, é dedicado pelo autor ..."A Monsieur le duc de Noailles et à Madame la duchesse de Noailles. Respectueux hommage

Lucien Corpechot"

"A la faveur d'une législation naïve, toutes sortes d'entreprises, de spéculations politiques sont nées et s'épanouissent scandaleusement, épuisant les revenus de la nation, l'entraînant à d'inévitables faillites. Deux partis, ou plutôt deux groupes d'hommes se succèdent au poivoir: les conservateurs et les libéraux. En réalité, il s'agit beaucoup moins d'une méthode governementale, d'une politique en remplaçant une autre, que d'appétits à satisfaire. C'est un véritable système destiné à gorger tour a tour tous les politiciens du parlement. Il est avoué. Il a un nom. On l'appelle le système rotatif

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En Portugal, il n'y eut pendant bien longtemps d'autre industrie que la politique. Elle offrait à peu près le seul moyen de parvenir et de s'enrichir. Chacun l'exploitait à son profit. "Certains parlementaires se sont faits, dit le Roi, une situation telle, et si semblable à celle de quelques féodaux du moyen-âge, ils se sont si bien élevés au-dessus des lois, qu'on n'ose pas leur faire payer des impôts, auxquels tous les citoyens sont soumis! On a parlé de pots-de-vin scandaleux, de corruption; ce n'est pas cela la plaie vive, et d'ailleurs les faits d corruption sont encore à prouver. Seulement aussitôt arrivé au pouvoir, un chef de parti ne songe qu'à explouter le pays au profit de sa clientèle, à créer des charges pour ses protégés, et l'Etat devient ainsi la proie, le butin, la depouille des politiciens. A ce jeu, les ressources de la plus riche nation seraient vite épuisées (...) La Constituition laisse le Roi spectateur impuissant de cette vaste curée! Je ne pis ien changer, dit dom Carlos, car aucun  ministre responsable, aucune Chambre ne se prête à un bouleversement qui mettrait fin à un tel scandale!"

publicado às 11:37

A Alemanha "que pague", claro...

por Nuno Castelo-Branco, em 12.01.13

São estas as notícias que Portugal escuta há mais de trinta anos. Há um pouco mais de nove décadas, o ministro das Finanças do gabinete do iracundo Clemenceau, quando instado a esclarecer quem pagaria o empréstimo francês a colocar na banca americana, laconicamente respondeu: "l'Allemagne paiera!". Aliás, o próprio Clemenceau retorquiria da mesma forma ao crédulo Wilson e de uma penada garantia que os alemães pagariam o excessivo endividamento da França.

 

Parece que a frase fez escola e sem a necessidade de se disparar um tiro ou ocupar-se a margem esquerda do Reno, verifica-se que por cá temos muitos seguidores de Soares, outrora ansiosos comensais da gorda salsicha alemã e hoje sempre lestos na sugestão da descoberta de mais e mais dinheiro a sair do mesmo filão. 

publicado às 14:28

Os caros voos presidenciais de Christian "Focke" Wulff

por Nuno Castelo-Branco, em 06.03.12

Por cá, sabemos como a coisa funciona e se paga. Na austera Alemanha, os passivos presidenciais não se ficam por menos, senão vejamos:

 

O recentemente corrido Sr. Christian Wulff, receberá uma pensão vitalícia de 199,000 € anuais, embora apenas tenha estado menos de dois anos no desempenho do árduo cargo de ignoto corta-fitas berlinense. Pelo seu lado a sortuda esposa, catorze anos mais nova que o deposto negociante de águas turvas, em caso de morte do cônjuge ficará também a título vitalício com a pensão completa do dito cujo. Sendo já seis os presidentes passivos em bem activo regabofe comensal - juntando-se a estes uma Lustige Witwe como receptora activa -, os alemães ainda desembolsam fundos para um gabinete com o respectivo staff de assessores, além de  uma limusina com chauffeur. Fazem tal qual como em Portugal, há assim que desculpá-los. Longe vão os tempos em que o Kaiser tinha de permanecer no seu posto até ao momento de partir para outro mundo, não havendo lugar a reformas e fare-niente logo aos cinquenta e dois anos.

 

Por cá estamos na mesma, nem sequer as somas serão assim tão diversas, apesar de Portugal ser infinitamente menos rico e produtivo em comparação com a Alemanha. Ficamos contudo em vantagem, porque por agora apenas temos Cavaco Silva em imaginada actividade, enquanto outros três antecessores vão mais ou menos hibernando, bem provavelmente "à alemã".  

publicado às 12:20

Folies bergère

por Nuno Castelo-Branco, em 01.11.11

A propósito de uns telefonemas a partir da antiga Lutécia, anda um chinfrim pelas tabelas de comentários de indignados leitores corporativos "prós e contras". O novo argumento do "se", consiste no ardiloso PECIV que ..."por ter sido chumbado, condenou Portugal a esta situação". O que os defensores daquela espécie de reverendo Jim Jones que foi primeiro-ministro não explicam, é a razão pela qual foram necessários os PECI, PECII, PECIII e o actual PECIV reforçado. 

 

Tudo isto não deve passar de mais uma folie bergère da conhecida rive gauche. Neste último caso, com pulsões suicidas. Pelos vistos e dado período em que se comemoram os 500 anos de relações luso-tailandesas, parece que descobrimos alguém que de fora nos faz lembrar o Sr. Thaksin. Vamos é a ver se o Sr. Seguro quer fazer de Yingluck Shinawatra, a "irmãzinha obediente".

publicado às 09:44

Jornal do Incrível no Metro

por Nuno Castelo-Branco, em 30.10.11

Embora jamais tenha visto António Costa a bordo de qualquer carruagem do Metro lisboeta - conduz um "espada", não é nenhum D. Duarte Pio -, creio que o edil está cheio de razão quando se insurge contra o eventual encerramento nocturno do Metropolitano. Antes pelo contrário, aos fins de semana podia ser ensaiada a sua abertura durante toda a noite, nem que isso significasse a passagem de um comboio de hora a hora. Evitavam-se os incontornáveis problemas automobilísticos dos "indignados e enrascados ases do volante" empanturrados em imperiais, caipiroskas, pós e outros etc. Num momento em que deve ser incentivado o uso dos transportes públicos, a intenção do fecho do Metropolitano apenas pode ser uma atoarda reaccionária dos "outros que saíram", ou mais um episódio do portuguesíssimo Jornal do Incrível feito lei.

publicado às 22:08

"Não há dinheiro", eis a resposta do costume. Há dinheiro, está é mal aplicado em assessores, viaturas, telemóveis, cartões de crédito, despesas de representação, contratos lesivos do interesse público, betões urbanísticos, auto-estradas duplicadas, negócios esquisitos com contratos PPP, etc. Este edifício situa-se perto da Figueira da Foz e tem uma história que se confunde com o início da nossa nacionalidade. Santana Lopes comprou-o quando exerceu o seu mandato na Câmara Municipal da Figueira, mas pelos vistos, a coisa ficou por aí. Por incrível que pareça não se encontra classificado e as razões para isso, decerto terão algo em comum com aquelas habilidades que em certas cidades - como Lisboa - se praticam, chegando-se ao ponto de serem retirados imóveis do Inventário Municipal, para que do espaço surjam mamarrachos especulativos. É este o Portugal moderno, europeu, de madrugadas canoras e fortes negociatas.

 

Fotos feitas pelo pintor Mário Rita.

 

 

publicado às 09:02

Algumas causas da ruína

por Nuno Castelo-Branco, em 13.10.11

Santana Lopes diz que este é um dos mais graves momentos da nossa história. Tentemos encontrar algumas das razões para tal, sem que recorramos a questões de regime.

 

80% das exportações portugueses têm a "UE" como destino. Pelo contrário, 1% (UM POR CENTO!) dos produtos exportados por Portugal, destinam-se aos países do antigo Ultramar. Se isto não é uma política ruinosa e de descarada incompetência - para ficarmos por aqui -, então não sabemos o que seja.

publicado às 23:18

Portugal Arruinado: a Quinta do Duque, em Alpriate

por Nuno Castelo-Branco, em 13.10.11

 

A entrada principal, onde é bem visível o tanque

Do meu amigo Mário Rita, chegam estas fotos tiradas ao longo de dois anos e que testemunham o estado em que se encontra o nosso património. Outrora propriedade dos Duques de Lafões, este grandioso e belíssimo edifício tem sido votado ao mais completo abandono e pilhagens indiscriminadas. Já desapareceram cantarias, as portas, um lago e estatuária de jardim. Consta estar para breve a sua demolição, pretendendo-se "aproveitar o terreno"para a construção de mais um daqueles pavorosos aglomerados de betão, vulgo "parque habitacional" de engorda ao parasitismo que exaure o país. E não há quem ponha cobro a isto?! Com tanto "hotelismo de habitação" no discurso oficial e dos "agentes económicos", há centenas de situações idênticas ou piores que esta.

 

Alguém já terá um tanque no quintal ou umas tantas notas obtidas pela sua venda em França ou na Alemanha. A varanda também desapareceu.

 

Um magnífico edifício, dos primeiros construídos em Portugal segundo as linhas do neoclassicismo. Será possível não se encontrar protegido? A propósito, o que anda a fazer a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira? A chefe da oposição, Zita Seabra, bem poderia interessar-se por este assunto.

 

 

publicado às 10:27






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