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A velha-bloquista do Restelo

por John Wolf, em 03.01.17

Old_woman_in_Kyrgyzstan_(2010).jpeg

 

O governo de sua geringonça está metido num berbicacho. O BE e o PCP não apoiam as parcerias público-privado (PPP) do sector hospitalar. O Hospital de Braga que acaba de ganhar o pódio dos prestadores de serviços de saúde, é, como todos sabemos, uma entidade gerida pelo Grupo José de Mello através de concessão pública. A operação contratualizada, mais do que bem sucedida, permitiu uma economia de escala na ordem dos 40 milhões de euros anuais, sem comprometer a grande qualidade dos tratamentos concedidos aos utentes do serviço nacional de saúde.  Mas a ideologia é uma coisa tramada, e a Catarina Martins não desarma à luz das evidências de eficiência administrativa. A bloquista, com a mesma cara de fado que se lhe conhece, afirma que tudo fará para impedir novas e futuras PPP. Não é preciso ser teimosa como a mula para perceber que a mula está enganada. São bloqueios mentais de governantes deste calibre que comprometem nações inteiras. Mas permitam-me um disclaimer elogioso - Portugal tem dos melhores serviços nacionais de saúde do mundo, e o mesmo se pode dizer em relação ao sector privado. O problema não reside nas competências individuais, no saber, na capacidade de gestão, na ciência ou na inovação. O desafio é de outra natureza. O problema resume-se a uma patologia crónica de difícil trato - os lideres eleitos democraticamente, ou arrastados para geringonçais, deixam muito a desejar. E isso é bem pior do que ser uma mera velha do Restelo.

publicado às 20:09

Relatório PPP e o Gorducho Rui Paulo

por joshua, em 19.06.13

Quem veio a terreiro contestar com marginalidades o argumentário do Relatório da Comissão das PPP, e logo com um sorriso cheio de dentes plantado no rosto, foi o deputado do PS, Rui Paulo Figueiredo. Mais uma relíquia do socratismo no respectivo grupo parlamentar. Para o improvisado porta-voz dos Governo Sócrates, que não do PS, os factos elencados pelo relatório pouco importam. A primeirinha coisa a fazer, antes de mais, foi politizá-los reduzindo-os à longa batalha politiqueira medíocre entre o danoso Partido Socialista e o desastrado PSD, faces da mesma moeda má do Regime. O que é que aflige e afadiga o risonho e anafado Rui Paulo Figueiredo?! Não é o facto de os contribuintes e o Estado Português estarem esmagados de compromissos e de dívidas à Banca que financiou as PPP, esmagados pelas obrigações do Estado aos concessionários protegidos por cláusulas leoninas. Isso é uma bagatela para o Ruizinho. O que incomoda é que a Comissão de Inquérito das Parcerias Público-Privadas não tenha abortado as suas conclusões, mas tenha feito uma encenação, uma manobra de diversão para afastar a Opinião Pública da realidade e da actual governação troyko-europeia por interposto Governo-PSD-CDS-PP. Será uma encenação que paguemos de modo grotesco o que resultou da avidez obreira desmedida e comissionista dos Governos Sócrates, apesar do acidente que se desenhava a grande velocidade?! E por que razão não veio José António Seguro ele-mesmo [ou uma qualquer figura grada bem falante de segundo plano, e não de terceiro ou quarto, como o jovem turco Rui Paulo] defender as virtudes da dívida massiva resultante das derradeiras PPP do socratismo?! Conviria recordar ao rotundo Rui Paulo que o desastre de uma governação como a que porventura decorrerá é o desastre do País que é o resultado de anos de desastre pela Corrupção de Estado instituída, que é o desastre do eleitoralismo crasso do passado, que é o desastre de figuronas desastrosas como a pessoa inefável e pomposa do político José Sócrates, vicioso e tresloucado, no seu vácuo berlusconas-mugabeano, de seis anos da imagem pela imagem. Nem o mais competente governante poderia branquear as responsabilidades do Arco da Governação na pré-bancarrota de 2011, branquear os efeitos daninhos de quinze anos de socialismo, branquear os frutos amargos de décadas de Corrupção-de-Regime, estagnação económica, agonia financeira, declínio anímico, imoralidade política, submissão ao Plutossocialismo dos soares e dos salgados, queda de Portugal no vexatório mundial, sob vários pontos de vista. A comissão das PPP acusa, e acusa bem, os responsáveis, não do PS, mas dos Governos-PS e eles têm nome, convém não diluir no vago aquilo que teve assinaturas e decisores, não em nome do Interesse Público e das Gerações Futuras, mas contra eles e em benefício de uma amálgama de gente, parte dela na sombra e à sombra, os Bancos do costume, os interesses habituais, transversais, BES-MotaEngil, como consta do documento. Não pode haver duas versões para a mesma desgraça: por que motivo Rui Paulo não tirou o sorrisinho dental de menino de bibe e não assumiu alguma coisa em nome dos Governos PS?! Por que motivo nunca encontramos o PS a assumir excessos, erros, abusos, a purgar-se da viciosa Corrupção-de-Regime?! Por que motivo nos acontece ouvir os rui-paulo-figueiredos, os zorrinhos, os joão-soares, os josé-junqueiros, as suas justificações e disparos, e ainda ficar a dever dinheiro e desculpas e mil-perdões ao PS, aos deputados do PS, aos dirigentes do sacrossanto PS?! É com esta Esquerda-que-não-se-Enxerga que Portugal pode contar para sair do buraco para onde foi atirado?! Nada menos ético que o PS passar o tempo a sacudir a água do capote e a refugiar-se em desculpas menores como as queixinhas pela divulgação do documento antes de ter chegado às papudas mãos dos deputados do único partido autorizado a governar em Portugal, o PS. Por que motivo o PS parece nunca não ter violado a Constituição, mas defraudou três vezes o País com bancarrotas, arruinando-o?! Por que motivo o PSD não pode violar a Constituição e a lei para tentar tirar-nos dos apertos actuais em que a outra gerência nos colocou?! Por que motivo o PS e o resto da Esquerda Pudica se mostram guardiões da Constituição no momento da aflição, mas não se lhes ouve pio no tempo do regabofe e do caminho em direcção à parede?! Os Governos Sócrates foram a derradeira cortina de fumo, biombo de malfeitorias, a grande charla do Regime, à vista do grande espalhanço. Espero que o Ministério Público pegue nos factos, nas provas deste Relatório e faça qualquer coisa de inédito e até inesperado nesta Podridão Politiqueira em socorro da qual Rui Paulo é mais um, mais um a fugir com o rabo gorducho à seringa das evidências, boca risonha repleta de dentes desalinhados à revelia da nossa tragédia.

publicado às 13:00

Vigarices terceiro-republicanas

por Nuno Castelo-Branco, em 03.06.13

As armadilhas poderão ser muitas, algumas das quais talvez pertençam ao gasoso mundo das comissões. Só assim se poderá explicar a timidez governamental, o silêncio "moita-carrasco" da oposição e a sempre costumeira abstenção belenense. Como diz a padeira dona Francelina, "estão todos feitos"!

publicado às 12:25

Notícia no Jornal de NotíciasUm especial agradecimento aos regimentais que nos desgovernam há várias décadas e continuam a esbulhar-nos para pagar os seus vícios e desmandos, expropriando-nos dos frutos do nosso trabalho e cortando nas funções sociais do Estado enquanto vamos alegremente pagando BPNs e PPPs como se não houvesse amanhã - e parece não haver mesmo, já que a partir de 2014 e durante 40 ou 50 anos vamos pagar estas brincadeiras, como fica patente pelo que evidencia o Juiz Carlos Moreno no seu livro Como o Estado Gasta o Nosso Dinheiro. Já dizia Keynes que no longo prazo estamos todos mortos, portanto não se preocupem, rapaziada da minha geração, basta fazermos como manda o subnutrido mental Fernando Ulrich, o tal que, citando o Rui A., «gere um banco tecnicamente falido, que só restitui os depósitos que lhe foram incautamente confiados à custa dos impostos dos cidadãos portugueses e europeus», e aguentarmos, aguentarmos... Até um dia.

publicado às 17:17

Seis "submarinos PPP" por ano. São mesmo seis!

por Nuno Castelo-Branco, em 29.09.12

Os dois submersíveis em serviço na Armada, têm servido como o prato forte nas querelas interpartidárias. Mil milhões, eis o preço desta despesa que decorre da presença portuguesa na NATO e da posse - mesmo que fictícia - da Zona Económica Exclusiva. O mais espantoso, será verificarmos o prolongado e comprometedor silêncio dos responsáveis das Forças Armadas Portuguesas, todos os dias achincalhados pelo cumprimento daquilo a que outrora se denominava dever e exercício da soberania nacional.

 

Seis "submarinos PPP", é isto que Portugal terá de pagar anualmente. Multipliquem esta soma por mais de quarenta anos de esbulho graciosamente consentido aos exploradores internacionais. Não existe um único ministro que ponha estas contas sobre a mesa e informe os portugueses? Paralelamente, estamos agora submergidos por uma tremenda campanha que visa antes de tudo, o ocultar de certos factos que como este que aqui fica, deixará todo o sistema numa situação de catástrofe iminente. Decididamente, a este governo falta-lhe uma forte voz política que explique tudo isto aos indignados de fim de semana. 

publicado às 10:06

Total esclarecimento, Dra. Paula Teixeira da Cruz

por Nuno Castelo-Branco, em 27.09.12

Palavras que há muito deviam ter sido proferidas. Num país habituado à condescendência para com o inexplicável, a titular da Justiça afirmou existir a vontade para levar avante o processo de averiguação das PPP,  exigindo-se agora - embora sem ilusões quanto à sinceridade da classe política -, o total esclarecimento público. Sabemos como os meandros da política partidária e as suas ramificações empresariais-financeiras funcionam e reagem às ameaças à sua omnipotência, mas este é um caso que se seguir os maus exemplos precedentes, poderá significar um desfecho terrível para o próprio regime.

 

Independentemente da origem partidária, há que saber o montante dos acordos, os nomes dos beneficiários e quem negociou os contratos. Já não existe qualquer possibilidade do preservar da impunidade até agora costumeira, por muito que isso desagrade a alguns sectores do poder. Mais ainda, exorta-se a autoridade estatal para a cabal informação acerca de outros casos, velhos de mais de um quarto de século. Podemos até deixar a sugestão de uma data-marco, para o início de investigações que nos esclareçam acerca das causas da situação de catástrofe nacional que Portugal enfrenta: o início da chegada dos Fundos Estruturais.

publicado às 17:12

Mas tem de ser mesmo TODA, está bem?

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publicado às 11:05

A coisa correu mesmo mal...

por Pedro Quartin Graça, em 05.09.12

 

 

“Nós em seis meses vamos transformar o país e apresentar reformas que irão marcar o país para as próximas décadas. É para reinventar o país, para transformar o país e salvar o país dos 15 anos [sic] [a] que o Partido Socialista condenou o país à situação actual.”

 

Álvaro Santos Pereira, em 25 de Outubro de 2011

 

Como se a coisa não fosse já suficientemente negra, eis que, de repente, aparece, qual coelho tirado da cartola, mais uma PPP. É caso para dizer que os ministros da economia e da saúde deveriam pagar multas pela sua insistência numa fórmula ruinosa.  Bolas que já chega!

publicado às 22:04

Ainda e sempre, em estado de negação

por João Quaresma, em 23.05.12

 

«Encargos públicos com as parcerias público-privadas subiram 28,8% no primeiro trimestre, face ao mesmo período de 2011. Já se gastou um terço da despesa orçamentada para este ano.»

 

Um ano depois e continuamos nisto: com a falência ao virar da esquina. Por muito bem intencionado que Álvaro Santos Pereira seja - e acredito que é - não há vontade política para anular os contratos das PPPs porque os interesses instalados continuam a acreditar lunaticamente nas promessas de Guterres e de Sócrates, e recusam-se a acordar para a realidade. E assim, continua a não haver vontade política para mudar de um rumo que levará o país ao desastre final. 

 

Está na altura de pôr o dinheiro a sêco, e arranjar lugar num salva-vidas.

publicado às 23:30

PPP's e o corte na despesa

por Samuel de Paiva Pires, em 13.09.11

Paulo Morais, no Correio da Manhã:

 

"Com uma atitude determinada, o governo poderá mesmo obter uma poupança estimada em mais de dois mil milhões de euros por ano.

 

É este o tipo de cortes na despesa do Estado que se impõe, que afectem, de forma drástica, os beneficiários dessa verdadeira extorsão ao povo que são as PPP. Não é admissível que, na hora de poupar, sejam sacrificados os mais humildes, enquanto os grupos económicos que mais têm vivido da manjedoura do Estado parecem ficar impunes."

publicado às 13:07






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