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O Governo quer privatizar as águas. É mais um erro crasso que hipotecará definitivamente o futuro de Portugal. Entretanto, houve quem já se apercebesse da importância económica do precioso líquido. É o caso de Luís Marmelete, proprietário do snack-bar "O Pirata", situado à entrada da Ilha de Faro, o qual cobra 50 cêntimos por um simples copo de água da torneira, há mais de um ano.
"O Estado não oferece nada a ninguém, tudo se paga, o terreno, as licenças, os alvarás, e porque é que eu sou obrigado a oferecer a água que pago? Estou aqui a tentar ganhar a vida, a prestar serviços, não sou uma entidade pública", justifica-se o proprietário d'"O Pirata". No balcão, um papel escrito à mão informa os incautos de que ali a água não é grátis, mas custa 50 cêntimos, condição prévia para que a prática esteja de acordo com a lei, disse à Lusa fonte da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). A lei prevê que, mediante informação adequada ao consumidor, os estabelecimentos que prestam serviços de restauração e bebidas gozem de liberdade de fixação do preço dos produtos e bens neles servidos, uma vez que a sua actividade não se encontra submetida a qualquer regime limitador desses preços, explicou a mesma fonte. Continuando a justificar-se, Luís Marmelete garante que este mês só por pouco não passou para o segundo escalão da tarifa da água, o que implicaria pagar quase o dobro da factura.
Quando a água for privada este exemplo será reproduzido por mil. E nada ficará como dantes.