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Cristiano Ronaldo não é Mário Soares. Poderia escrevê-lo ao contrário; Mário Soares não é Cristiano Ronaldo, mas isso seria dar excessiva importância ao alegado pai solteiro da Democracia em Portugal. Cristiano Ronaldo vai fazer mais pela economia do país do que vários Mários juntos - sim, a Madeira ainda é Portugal, embora os nativos afirmem que o craque está a ajudar a terra e "mai nada!". Cristiano Ronaldo não está à espera para pendurar as botas, para que lhe dêem dinheiro suado dos contribuintes para inaugurar uma fundação com o seu nome. Ainda nem sequer completou dois terços da sua carreira e já está a criar o seu próprio museu. Ou seja, irá atrair visitantes à região autónoma agora que os madeirenses reclamam uma parte dos dinheiros da privatização da CTT (Já me estou a esticar. Estou aqui para tratar das diferenças entre o Ronaldo e o Mário). Na minha opinião é uma grande jogada do avançado da selecção nacional. Ouviram bem? Selecção nacional. Houve tempos em que Mário Soares era um magriço da política, mas ainda não percebeu que cada vez que quer dar uns toques, lá para os lado do Rato e arredores, vai perdendo o pouco do estatuto que ainda lhe resta. Mas adiante. A Fundação Mário Soares será porventura a antitese do Museu Cristiano Ronaldo. Recebeu mundos e fundos, mas pouco dá em troca, a não ser umas conferências catitas em nome da "sua" democracia e umas quantas exposições disto e daquilo. O que Ronaldo inaugura na Madeira não deve a ninguém. Os troféus ganhos são seus e só seus, e não foram comprados com dinheiros públicos. Há aqui um mar de diferenças entre o comandante e o ex-presidente da república.