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Os políticos, na sua generalidade, imitam a concorrência. Quando lhes faltam ideias, mas sentem que não podem perder o filão, aventuram-se no jogo da cópia barata. Praticam uma espécie de contrafacção de inutilidades. Ou seja, perdem a noção das prioridades. A Joana Amaral Dias serviu-se da gestação para avançar a barriga da notoriedade. Por outras palavras, à falta de melhores argumentos, deu o corpo ao manifesto - auto-chulou-se, como se estivesse numa qualquer esquina do Cais de Sodré. Mas António Costa quis ir mais longe. Quis ir ao escroto da mesma matéria da angariação de votos. A Procriação Medicamente Assistida parece ser uma ideia peregrina para cativar o eleitorado feminino, mas faz parte de uma agenda batida, antiga, politicamente arremessada quando dá jeito - a igualdade de géneros. Não sei se é boa ideia convocar a ex de Paulo Pedroso para vender esse peixe. Cheira mal misturar estórias mal contadas com a esperança que se oferece a futuras mães. Grassa na política de oposição uma enorme falta de pudor, ética. Tudo isto mete nojo. A procriação política é uma aberração.