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Não devemos ficar admirados se Sócrates e o seu capanga Araújo vierem atrás de bloggers da praça. Eles que venham. Temos um sindicato forte e bem organizado. E estamos dispostos a marchar em nome da liberdade de impressão que podemos causar. Descemos a avenida e faremos uma vígilia à noite, em nome da manhã - do correio. Se alguém me enviar um detalhe do processo Marquês, prometo devolvê-lo à origem. No entanto, para não ser chamado de ganancioso, farei o favor de partilhar o que tiver à mão com quem quiser. Agora, o que acho verdadeiramente escandaloso, é ter de conviver com aqueles que têm um complexo de superioridade cultural em relação ao Correio da Manhã. Sempre soube que Portugal era um país intensamente estratificado, mas o pedantismo intelectual tem limites. Seja qual for o estilo que imprime ao corpo dos seus textos, o Correio da Manhã tem a mesma legitimidade que o Expresso, o Sol ou o Público para ser um opinion maker. Podemos não concordar com as suas posições ou afirmações, mas não devemos confundir o que está em causa - a censura já não paira no ar - tomou a forma de providência cautelar. Pela mesma ordem de ideias de discriminação, seria o mesmo se o Presidente da Assembleia da República impedisse a entrada de um deputado iletrado, incapaz de assinar o seu próprio nome - alguém que tresandasse a transumância pastorícia. Assistimos, lamentavelmente, a um ataque descabido ao Correio da Manhã. Se desejam usar a mesma régua de acreditação jornalística, então acho bem que a estendam a outras casas de imprensa diária ou semanal. Eu sei que a genealogia ideológica pode ser invocada para estabelecer a ligação entre Sócrates e as movimentações socialistas, mas não vou por esse caminho. Agora vou ler a Bola para não ficar enjoado.