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O SNS e o queixume crónico

por John Wolf, em 27.05.15

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Em defesa do Sistema Nacional de Saúde (SNS) devo dizer o seguinte: continua a ser um dos melhores do mundo. Por mais queixas que se escutem e protestos que se organizem, Portugal está no Top 10 mundial do sector de saúde pública. Mesmo durante a crise os serviços continuam a desempenhar o seu papel. Obviamente que o SNS também teve de suportar as consequências decorrentes da implementação de medidas de Austeridade. Mas o mesmo está longe da extinção, e não pode nem deve ser utilizado enquanto arma de arremesso político, em nome da honestidade intelectual. Todos os dias, para as centenas que ficam por tratar existem milhares que recebem cuidados adequados. E é essa relação de maioridade que deve ser tida em conta. Se assim não fosse há muito que o SNS não seria sustentável, mas ainda mais importante do que estes números: continua a ser percepcionado pela maioria da população como um excelente serviço do sector público, embora os portugueses tenham especial apetência para reclamar sobre tudo e nada. Nessa medida, há que realçar os aspectos positivos desta odisseia. A capacidade de superação que o SNS tem demonstrado. Mesmo sem os ovos adequados tem conseguido servir as omeletes que o país requer. Se quiserem uma experiência hardcore, experimentem o National Health Service dos Estados Unidos que não se compara nem de perto nem de longe com o caso português. Em suma, o queixume crónico nacional é uma patologia de difícil tratamento. Dizem que não existe cura.

publicado às 08:21

A divida crescente da população minguante

por John Wolf, em 02.12.13

Se Portugal é o único país a sair do ajustamento com menos população, significa que não saiu do ajustamento. Quer dizer que os poucos que ainda cá permanecem devem suportar um maior nível de dívida, mesmo que esta venha a diminuir. Ou seja, a dívida per capita acaba por ser maior. Em cima dos ombros de cada cidadão estará um encargo maior. Portanto, os números da alegada melhoria das condições económico-financeiras devem levar em conta todos os factores e não apenas os mais convenientes. Não é apenas a diminuição do número populacional que está em causa, mas o esforço que será exigido aos "sobreviventes"; àqueles que permanecem na realidade nacional e que não decidiram emigrar para outro país. Embora se refiram à fuga de mão de obra qualificada para o exterior, o drama reside com aqueles que permanecem em Portugal e que não sendo os "cérebros" que partiram, terão paradoxalmente de ser ainda melhores do que os bons que se foram. Como podemos observar a equação não é linear, embora os políticos de Bruxelas a São Bento nos queiram impingir um axioma simples, uma redução confeccionada a partir de uma complexidade muito maior. O grau de suspeição que acompanha a população é, no meu entender, uma coisa positiva. Vai obrigar cada um de nós a puxar pela cabeça para interpretar os factos que nos apresentam. Um processo de selecção pouco natural está em curso, através do qual somos obrigados a separar o trigo do joio - a má notícia da péssima. A dada altura do desenrolar dos acontecimentos, a sociedade fica mais habilitada para realizar aquilo que os ingleses designam por "number crunching" - numa péssima tradução; espremer a contagem para ver se sai alguma coisa de jeito - falta de jeito, na pior das hipóteses a terminação errada.

publicado às 21:24

As coisas são o que são

por Samuel de Paiva Pires, em 02.09.13

Mr. Brown, A casta sagrada:

 

«Segundo alguns, o PR tem qualidade duvidosa. A Presidente da AR tem qualidade duvidosa. O PM nem tem qualidade duvidosa, pura e simplesmente não tem qualidade. O Seguro tem qualidade duvidosa. Os deputados, grosso modo, são de qualidade duvidosa. A maior parte dos que exercem cargos de nomeação política são de qualidade duvidosa. No entanto, os juízes do Tribunal Constitucional, escolhidos pelos deputados de qualidade duvidosa, são de uma qualidade suprema que os deixa imunes à crítica e que nos deve deixar plenamente tranquilos quanto à qualidade das decisões que tomam.»

publicado às 23:27






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