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«Malaysia clerics say no to Portugal, Man Utd, Brazil jerseys
Chateiam-nos muito e nós ainda começamos a distribuir bananas e pepinos.
Após o resultado das últimas eleições, seria de esperar que passo a passo o executivo tentasse a total islamização de todos os serviços públicos. Iniciou o processo através de novas regras a impor à televisão estatal marroquina. Além dos cinco chamamentos diários à oração, quis colocar um ponto final nas emissões em francês, dedicando aquele espaço à religião e à quase certa difusão de um bem conhecido reaccionarismo que se tem livremente instalado de Tunis ao Cairo.
O monarca opôs-se, acompanhado pelos partidos da oposição parlamentar e numerosas personalidades da sociedade civil, destacando-se conhecidos intelectuais marroquinos.
O primeiro-ministro Benkiran atreve-se agora a afirmar que "os reis não estão forçosamente rodeados de boas pessoas (...), podem estar rodeados de inimigos que serão os primeiros a deixá-los cair" Indo ainda mais longe vai ameaçando que "a Primavera árabe ainda não terminou e poderá voltar".
Estamos então perante o dilema de num país que votou maioritariamente no partido islamita, o Rei ser obrigado a intervir para garantir aquilo que segundo as suas palavras, é o "dever do respeito da pluralidade cultural e linguística de Marrocos".
Oxalá os Estados Unidos não tenham qualquer súbito interesse na desestabilização do nosso vizinho do sul.