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O nosso Coelho da Páscoa, acaba de anunciar o corte "até 2015" do 13º e 14º salário. Nada de imprevisível e até com a certeza da "necessária medida" se prolongar ad eternum.
Outro chocolatinho, este bastante verde-tinto e incluído no cabaz das mordomias presidenciais, foi colocado na caixa do correio noticioso de todos os portugueses. O autor da delikatessen é Mario Soares, precisamente o mesmo que assina um artigo colocado no Diário de Notícias, verberando o capitalismo que "perdeu a cabeça". É certo conhecer-se de trás para a frente o pensamento do ex-presidente ainda em exercício de influências, pois a visão de um Estado que tudo deve regular - ou melhor, pagar - deverá estender-se à esfera pessoal. A comprová-lo aqui está uma multa por velocidade excessiva. Mário Soares diz que ..."o Estado é que vai pagar a multa". Pois vai, é o costume. A notícia ainda nos informa acerca dos maus modos do pascal presidente passivo. Segundo o oficial da GNR, terá sido "bastante mal-educado" e não ficaríamos nada admirados se a arrelia tivesse metido carvalhos e o terminal reprodutivo da mãe ao barulho.
Como estocada final, o "chófer" que decerto pensava estar a chupar amêndoas doces, trincou uma fava coberta de chocolate, ficando com a carta apreendida. Típico.
Hoje, no Plenário da Assembleia da República discute-se um conjunto de petições com mais de 4.000 assinaturas..
Se forem mais de 4.000 assinaturas para referendar o regime? Também é aceite? Díficil de arranjar não será certamente.
A República assume-se como o regime mais democrático de todos, no entanto está proibido o referendo ao regime - parece-me que algo não bate certo - tendo em conta que monarquias europeias têm na sua constituição que podem ser referendadas 5 dias por semana.
Qual será o mais democrático? Ou estão apenas com medo do resultado?
Não é uma novidade, nem sequer será um caso único, até porque quanto ao Parlamento, "diz-se que" estas habilidades são corriqueiras. Mas, francamente, 1400€ de "subsídio" para habitar a própria casa é coisa para ser tachada de chulice desbragada. Consiste numa atitude tão límpida como o famoso "aluguer" do escritório ex-presidencial de Mário Soares, sito na Fundação do mesmo nome e que o Estado paga. Há que perder o tento na língua de uma vez por todas e nem sequer merecerá prestarmos qualquer atenção ao facto de tais desplantes serem... legais!
Esta gente não tem vergonha?
Claro que o episódio do 31 não pretendia levar-se demasiado a sério, mas tão somente chamar a atenção para a historiografia oficial da república com uma acção simbólica. Há quem já clame pelas "necessárias medidas legais" e quem, mesmo não sendo republicano, invoque o primado da lei e da ordem. É claro e indiscutível que estas devem imperar em qualquer sociedade que se queira sã e livre. Que era precisamente o que os republicanos não queriam, ao instalar o seu regime pela calúnia, pelo agit-prop, pelas bombas e pelos tiros. Pergunto-me que espécie de legitimidade terão os defensores republicanos da ordem pública, que se preparam para comemorar os 100 anos do 5 de Outubro, quando defendem a obra da carbonária? Que respeito pela lei e pelos símbolos nacionais podem invocar, eles que rasgaram a Carta e colocaram as cores do partido na bandeira nacional, acabando com o branco e azul que sempre tinham sido as cores por trás das quinas (ou até antes, em tempos do 1º Rei)? A demagogia tende a confundir-se com a hipocrisia.
Podji até sê uma êcelentchi piánisssssta. Podji tê os mêlhoressss prójectôs dessssta galáxia i arrêdórisssss. Podji dizê i fazê tudo o que lhi apêtecê. Másss dji umá coisa esssstô séguríssimo: quando faltam ôs subsídios - ou mieux, le "carcagnol" -, perdem logo o "pátriotiizemo". É isssto, à rêpública pórtuguesa, tudo muito ferrân-cé! No entanto, não lhi deu prá mudá radicalmentchi, ficando-se pelo Brasiu. Vá lá..., tudo numa boa!