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Contra o ambiente anti-científico

por Samuel de Paiva Pires, em 28.04.18

Esta entrevista deveria estar afixada por todo o país ou mesmo pelo mundo. Não só pelo que diz respeito às fraudes das terapias alternativas, mas especialmente pelo diagnóstico lapidar de um certo ambiente anti-científico e anti-intelectual (reflectido, por exemplo, no movimento anti-vacinas), de rejeição da autoridade da tradição científica em áreas em que ela, ainda que imperfeita e com muitas incertezas (como é característico da ciência), é a melhor forma de interpretação e compreensão de diversos fenómenos e processos e, no caso da saúde, de tratamento dos seres humanos. Eric Voegelin escreveu que “Quando a episteme é arruinada, os homens não deixam de falar acerca da política; mas agora têm de se expressar no modo da doxa." Substituam "política" por "ciência" ou "saúde" e começarão a vislumbrar como pode ser perigoso para o nosso futuro colectivo aplicar ideais de democratização e rejeição da autoridade onde estes não devem ser aplicados.

 

(também publicado aqui.)

publicado às 14:15

Passagens de presidentes e de anos

por John Wolf, em 30.12.16

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Não é apenas o bode expiatório Correio da Manhã a partilhar essa possibilidade. O jornal Sol também interpreta o protocolo de Estado - a morte de um ex-Presidente da República pode significar o cancelamento de festejos de passagem de ano se for decretado o luto nacional. Este género de especulação mórbida não deve ser considerado jornalismo. Este estilo de reportagem, que não se restringe ao sol e à manhã é, no mínimo, despudorado. Não confundamos as preferências ideológicas, políticas ou partidárias de cada um, com o que está em causa. Entramos no domínio dos totolotos, das apostas múltiplas e do mau gosto por antecipação - o nível é baixo. Já basta o Dr. Barata aparecer à porta da Cruz Vermelha para tornar os portugueses reféns de instabilidade emocional e portadores de confusão mental, para agora sermos testemunhas de elaborações bizarras promovidas pelos meios de comunicação social. Estranho que a família próxima e afectiva de Mário Soares não tenha rogado ao país privacidade e decoro, mas de certa forma esse é o preço que parece estar disposta a pagar. A transformação da "hospitalidade" em espectáculo nacional, a cobertura e a sucessão de entrevistas de actores de todo o espectro político também demonstra uma certa miséria moral. Pensava que o homem privado ao menos o pudesse ser na sua hora. Dispensava este post mártir.

publicado às 18:19

Maior despesa igual a menor mortalidade

por Regina da Cruz, em 30.09.13

Cumprindo a promessa de escrever sobre a saúde, abro as notícias hoje e vejo uma notícia que me agrada sobremaneira não tanto pelo assunto per se, que é sempre trágico, mas por que constato que foi publicado um estudo que comprova aquilo que era até hoje uma observação empírica. Agrada-me o conceito de Medicina Baseada na Evidência. Aliás, por vezes considero que seria benéfico a própria política começar a basear-se na evidência - será um tópico a desenvolver futuramente.

 

Decorre neste momento em Amsterdão um dos Congressos mais importantes de Oncologia (para os curiosos, vejam aqui) e é sempre um momento alto dos investigadores e médicos pois as novidades e notícias são mais que muitas e hão-de alimentar as conversas entre os cientistas durante os próximos meses. São encontros pautados pela excelência.

 

Num dos painéis do Congresso foi apresentado o resultado de um estudo que relaciona a quantidade de recursos investidos na saúde com aquele que é o derradeiro índice de qualidade do sistema de saúde: a mortalidade. Quem trabalha em saúde habitua-se a pegar nos artigos, passar pela introdução e pelos métodos na diagonal e ir directo ao assunto: a discussão e conclusão. A pergunta que habita os espíritos é quase sempre a mesma: "Mas depois disto tudo, morre-se menos?"

 

Como a peça jornalística está sucinta e bem escrita limito-me a retirar aquela que me parece mais pertinente, que é a conclusão:

 

"quanto mais dinheiro se destina à saúde, menor é o número de mortes após o diagnóstico de um cancro e que esta relação é "mais evidente" no caso do cancro da mama. Os investigadores também observaram que, apesar de todas as iniciativas para harmonizar as políticas sanitárias públicas, existe uma "diferença significativa" entre o gasto sanitário e a incidência de cancro nos 27 estados da União Europeia, que é ainda mais clara entre os países europeus orientais e ocidentais."


Este é só mais um argumento para se defenderem políticas públicas de saúde pois, sabemos bem, quando a saúde se transforma num negócio puro e simples, há os que podem e os que não podem pagar os cuidados de saúde e sobretudo verifica-se da parte dos diferentes prestadores de serviços ( e aqui refiro-me aos privados) um fenómeno que é perverso quando o lucro é um objectivo: as poupanças a todo e qualquer custo. 

publicado às 12:10

Portugal todo é uma mera formalidade

por Regina da Cruz, em 22.08.13

E como tal, irrelevante.

 

Mas deixem-me *concretizar*.

Pelos vistos as receitas médicas em papel (usados em casos excepcionais) sofreram uma alteração de modelo de maneira a incluir no cabeçalho a seguinte inscrição:

 

                                                               "Governo de Portugal"

 

Receita sem esta coisa impressa, não vale.

Mais uma vez quem se lixou foi o doente (o boneco, o verbo encher!) que quando chegou à farmácia viu a sua receita invalidada pela não conformidade. Ficou com cara de tacho a olhar para o farmacêutico e sem o medicamento. Estar doente, com doença grave, já é em si difícil; mas neste país tal suplício é elevado ao nível de uma autêntica via sacra, com os doentes literalmente a arrastarem-se de um lado para o outro, apanhados no meio de barreiras burocráticas, atrasos, tratamentos com fármacos racionados e do século passado, e uma série de situações que fazem o diabo rir.
E portanto, lá voltou o doente à consulta (quiçá pagando nova taxa moderadora - não confirmei) para lhe passarem uma receita comme il faut - bonitinha, com bandeira e tudo.


Estava eu maravilhada (em mau!) a ouvir este "episódio da vida romântica", quando a minha amiga, a médica, me diz: "Mas espera, há mais... Portanto, eu pedi imensa desculpa, não fui informada que o modelo da receita tinha mudado, lá pedi novas receitas e pedi ao doente que voltasse à consulta dentro de dias. O doente voltou, lá prescrevi novamente o medicamento. Qual não é o meu espanto quando na consulta seguinte verifico que não venderam o medicamento que eu prescrevi, mas outro, um parecido, o que havia na farmácia. Tu já viste isto?!" E perguntava ela, meia a rir, meia a chorar: "Mas desde quando é que uma prescrição, que é um acto médico com enquadramento legal, se transformou numa mera formalidade inconsequente?! Desde quando?!"

Pois é...uma receita não vale e não pode ser aceite sem ter escrito "Governo de Portugal"  - que isto não é assim, uma receita é uma coisa séria, ómessa! No entanto, aquilo que realmente importa - que é o que o médico (pr)escreve, "isso agora não interessa nada, tá a despachar o que há aqui na farmácia e o médico que vá mas é estudar! - mais ainda."

Muito bem.

Digam-me: se isto não é o expoente máximo da desordem, do despautério, do desrespeito, então eu não sei o que é...

Falando de forma mais concreta, pergunto ao caro leitor: quando lhe for diagnosticada uma doença grave - daquelas mesmo feias e assustadoras! (e não o quero alarmar, mas devo dizer-lhe que as probabilidades estão contra si), pergunto-lhe, quando lhe diagnosticarem uma doença grave (ou à sua mãe, esposa, marido ou ao seu filho) como é que gostaria de ser tratado? "À portuguesa"?

Boa sorte.

publicado às 19:48

Cavala versus Cavalo

por John Wolf, em 22.02.13

Vivemos a época de ouro da contrafacção. Elegemos governos, mas recebemos em troca caos e miséria. Acreditamos cegamente em religiões mas perdemos a fé. Aprendemos profissões mas não temos nem vocação nem trabalho. Acordamos no meio da noite com vontade de petiscar um hamburger e sai-nos cavalo na rifa. Apetece-nos esparguete...pasta bolognese, mas temos de nos contentar com pónei picado. Respeitamos uma figura pública, mas quando a conhecemos em privado ficamos repentinamente com vómitos. Admiramos o conhecimento de um benemérito e depois resta-nos o plágio. Nem vale a pena continuar, sabem do que falo. São tantos os gatos por lebre desta vida. E fazem mal à saúde. Contudo, não vale a pena desesperar. Haja esperança. Há vida para além dos pecados equinos. Refiro-me à cavala. O peixe-maravilha que tem poder para destronar Pégaso e Bucéfalo de uma assentada. A cavala é a melhor alternativa possível ao cavalo. É um peixinho de uma horta que não precisa de pasto.

publicado às 14:49

Notícia no Jornal de NotíciasUm especial agradecimento aos regimentais que nos desgovernam há várias décadas e continuam a esbulhar-nos para pagar os seus vícios e desmandos, expropriando-nos dos frutos do nosso trabalho e cortando nas funções sociais do Estado enquanto vamos alegremente pagando BPNs e PPPs como se não houvesse amanhã - e parece não haver mesmo, já que a partir de 2014 e durante 40 ou 50 anos vamos pagar estas brincadeiras, como fica patente pelo que evidencia o Juiz Carlos Moreno no seu livro Como o Estado Gasta o Nosso Dinheiro. Já dizia Keynes que no longo prazo estamos todos mortos, portanto não se preocupem, rapaziada da minha geração, basta fazermos como manda o subnutrido mental Fernando Ulrich, o tal que, citando o Rui A., «gere um banco tecnicamente falido, que só restitui os depósitos que lhe foram incautamente confiados à custa dos impostos dos cidadãos portugueses e europeus», e aguentarmos, aguentarmos... Até um dia.

publicado às 17:17

O higienismo descivilizado

por João Pinto Bastos, em 03.01.13

A nossa cultura democrática, frágil, fraca e dependente, como quase tudo o resto, permite, de quando em vez, a emergência de figuras menoríssimas que ocupam a sua mediocridade impante a pastorear os capachos. Leal da Costa é um bom exemplo de alguém que vive para intrometer-se na liberdade invidual de cada um dos portugueses que, na sua brilhante acepção, não passam certamente de um bando de brutos semelhantes, provavelmente, aos hunos. Gente desta não pode estar num Governo. Não pode nem deve. Os impostos de todos nós, já de si confiscatórios, não podem sustentar os delírios de indivíduos que tratam tudo e todos com um paternalismo asfixiante. E, sim, se este género de figurinhas provindas de um conto de terror stockeriano continuar a aterrorizar-nos, de facto, é melhor ceder às cantilenas do "going Galt". 

publicado às 18:26

Portugal não se recomenda. Ponto. Custa-me dizer isto, mas, ao ver e ler o que se passa no país a minha reacção é um profundo desalento. O primeiro-ministro desta país, para lá da sua inépcia estridente, é um pato-bravo que, em virtude da sua ignorância atroadora, não sabe comunicar. Expele meia dúzia de trivialidades sobre assuntos seriíssimos e, depois, acossado e ameaçado por tudo e por todos recua covardemente. Em vez de lançar um debate sério e abrangente sobre o futuro da Segurança Social, explicando, reflectindo e ponderando os custos e benefícios de uma reforma que solucione a insustentabilidade do actual modelo, Passos, a despeito do que seria exigível, voltou mais uma vez a claudicar e a patentear o seu desconhecimento sobre uma matéria pouco atreita a facilitismos. Mas, ao que parece e para mal dos nossos já gigantescos pecados, a incompetência de Passos foi replicada por outro estarola do seu partido. Falo, pois, de Nuno Morais Sarmento. Pelos vistos, o antigo ministro e eminência parda das deputações acolitadas na advocacia das negociatas acha, vejam bem, que os cortes orçamentais devem abranger as funções de soberania. Ou seja, o não-pensamento da JSD, estrutura conhecida pela promoção da ignorância e da bovinidade celeradas, é, afinal, partilhado por ilustres membros do PSD. Corte-se já nas funções de soberania, dizem estes senhores, mas, reformar e tocar no nervo do Estado, nas funções sociais do Estado, bem, isso não, ou melhor, nunca. Quando o discurso político assenta na falácia de que as funções de soberania, o núcleo inarredável de um Estado decente - sim, as funções de soberania não incluem a educação e a saúde -, podem ser tocadas em detrimento de outra funções secundárias estamos conversados. Merecemos definitivamente a ruína. Com palradores políticos desta qualidade qualquer troika é insuficiente. 

publicado às 00:42

Alberto Gonçalves, Cinzas:

 

«Interditar o fumo nos restaurantes (e aparentados) significa condenar de vez um sector que, só no primeiro trimestre do ano e sem a ajuda do Governo, despediu 15 900 funcionários e registou uma queda de 30% no negócio.

 

Por espantoso que pareça, se ainda nos espantarmos com alguma coisa, é isto o que um obscuro secretário de Estado da Saúde, um tal Leal da Costa, anunciou todo contentinho: até 2020, será proibido fumar em todos os "espaços públicos". Razoável? Com certeza, se os protótipos de governantes não considerassem públicos os espaços privados que o Estado assalta materialmente e, pelos vistos, agora orienta espiritualmente.

De resto, a restauração é apenas um exemplo dos alvos da "lei de restrição de não fumo" (é verdade, o sr. da Costa não subiu na carreira graças ao domínio da língua). Outro exemplo são os carros particulares, perdão, os carros públicos que os cidadãos compraram com o seu dinheiro e pelos quais pagam abusivas fortunas ao fisco no momento da compra e em incontáveis momentos posteriores.

 

Pois bem: se os carros transportarem crianças, não haverá cigarro para ninguém. O sr. da Costa explica: "Está demonstrado que a concentração de fumo na parte de trás do veículo é muito grande, além de que os plásticos ficam embebidos por material carcinogénico que vai sendo lentamente libertado" (o homem não aprendeu português, mas é versado em análises minuciosas a habitáculos).

 

Por acaso, também está demonstrado que a concentração de poder nas mãos de nulidades estimula a arrogância e é prejudicial ao sossego alheio. Por mim, frequento poucos restaurantes, raramente vou a cafés, não fumo no carro e nunca, nem sob ameaça de arma, conduziria na companhia de uma criança. Mas mesmo quando a opressão não nos atinge, a opressão incomoda. Mais do que o tabaco, o qual, aliás, possui a virtude de abreviar a partilha de um mundo absurdo com incontáveis srs. da Costa. Um já sobra. Ou sobramos nós.»

publicado às 12:52

Da Agência Cubana de Notícias:

 

«Renueva Portugal acuerdo de colaboración médica con Cuba

 

La Habana, 30 abr (AIN) El ministro de Salud de Portugal, Paulo Macedo, exaltó en Lisboa la colaboración médica que brinda Cuba a su país, razones por las cuales acordaron renovar ese acuerdo bilateral, como parte de un convenio suscrito con la isla caribeña en 2009.

 

Durante un encuentro en la capital lusa con Eduardo González, embajador de La Habana, Macedo transmitió el agradecimiento de su gobierno por la labor que desarrolla una brigada de 44 galenos cubanos, de quienes destacó su dedicación y calidad profesional.

 

Indicó que la preparación de los especialistas de la nación caribeña ha sido encomiada por profesionales portugueses de la medicina, por el alto nivel de conocimientos que atesoran, cuestión que también -dijo- ha sido reconocido por la población, indicaron a Prensa Latina fuentes diplomáticas de la Isla.

 

Los clínicos cubanos prestan sus servicios en las sureñas regiones del Algarve y Alentejo, zonas rurales con una alta tasa de población y deficitarias de esa atención primaria.

 

Macedo informó al diplomático González que su departamento realiza un profundo estudio sobre el Sistema Nacional de Salud, con el objetivo de poder conocer con exactitud el número de doctores que requieren para cubrir todas las necesidades de atención a los ciudadanos.

 

La experiencia alcanzada por Cuba en el campo de la salud, con índices de primer nivel en el mundo, y la producción de medicamentos, vacunas y otros productos, algunos de los cuales el país está en condiciones de exportar, fueron otros de los temas abordados en la reunión por el representante antillano.

 

Tanto Macedo como el secretario de Estado Fernando Leal se interesaron en los avances científicos de la nación caribeña, y solicitaron más información para estudiar otras formas de cooperación y comercio».

 

Ah, os bons alunos de Bruxelas! Vinte cinco anos depois de aderirmos ao paraíso europeu, precisamos da ajuda cubana para prestar cuidados de saúde básicos aos indígenas das nossas províncias ultratejinas. É muito positiva esta cooperação com Cuba por parte do Governo Português: oxalá os políticos de Havana agora ensinem aos de Lisboa a fazer reformas no aparelho de Estado, e lhes expliquem que o Socialismo não funciona. Em troca, mandamos para lá a Assunção Cristas para lhes ensinar a fazer uma Reforma Agrária como deve ser. Daquelas em que o Estado rouba aos proprietários e depois arrenda a quem a União Europeia não deixa trabalhar.

 

 

PS. Será, de facto, uma excelente notícia se começarmos a importar medicamentos Made in Cuba, muito mais baratos que os das multinacionais. Venham eles que serão muito bem vindos, mesmo que o PCP e o Bloco de Esquerda acusem Cuba de praticar dumping.

 

E sim: temos razões para agradecer aos médicos cubanos. Devíamos era ter vergonha de estar a precisar deles.

publicado às 16:20

Hospitais públicos são indispensáveis

por Pedro Quartin Graça, em 24.03.12

 

"A pessoa é a medida e o fim de toda a actividade humana e a política tem de estar ao serviço da sua inteira realização."

Francisco Sá Carneiro

 


"MUITO se fala hoje de 'cortar', cortar'. Em despesas, claro. Quero dar um testemunho que a minha família viveu nos últimos seis meses. E o testemunho é o da importância do sector público da Saúde. Quando acontecem acidentes com consequências muito graves e se pergunta aos médicos, a resposta é: hospital público. Escrevo estas palavras com todo o respeito pelo sector privado da Saúde. Mas esta é a verdade - pelos equipamentos mas também pela reputação e experiência de muitas unidades que integram o sector público da Saúde.

SEMPRE fui favorável a uma presença insubstituível do Estado nessa área. E, depois deste tempo, ainda mais reforcei esse entendimento. Sei o que recebemos, sei como agem, tratando todos bem e por igual. Não ponho em dúvida que, nos privados, se trate bem e se procure tratar todos com humanidade. Sei, também por experiência minha, da minha família e de amigos. Mas é diferente. Logo à partida é bem diferente. E, por mim, falo do que passámos, do que vimos, do que ouvimos. Portugal tem todas estas decisões pela frente. Mais uma vez, sublinhe-se, trata-se de redefinir as funções do Estado. Não se fez antes, agora tem mesmo de ser. Para refazermos este país. Para construirmos um país equilibrado, progressivo, racional, poupado, lógico, justo."

 

Pedro Santana Lopes, no "Sol"

publicado às 06:59






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