Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A situação política em Espanha, torna-se mais estranha a cada dia que passa. Os bem coordenados ataques à Monarquia, provêm de sectores aparentemente inimigos irredutíveis, mas que convergem no essencial, ou seja, a destruição do actual modelo constitucional. Numa informal coligação de minoritários com alguns interesses comuns, aos centralistas franquistas somam-se os comunistas e também as máfias "soberanistas" de algumas regiões, nomeadamente da Catalunha. Se a isto adicionarmos a intervenção dos cada vez mais ousados penetras islamitas e as actividades dos directos sucessores de Tarique, o quadro parece prometedor.
O desfecho da contenda eleitoral catalã não me causou grande estupefacção. Era expectável a recusa do eleitorado em embarcar em aventuras secessionistas de desfecho incerto. Por mais que se diga o contrário, os tempos não estão para grandes exaltações de espírito. Mas apostou todas as fichas numa separação política consagrada pelo voto. Erro crasso. Nos dias que correm o método "Levesque" não funciona. Aliás, nunca funcionou. O condottieri catalão já devia saber que sufragar a nacionalidade não é boa política. O dia 25 de Novembro de 2012 é para os catalães chauvinistas aquilo que o dia 24 de Maio de 1980 foi para os quebequenses: o penoso fim de uma ilusão.