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Por que razão a Secretaria de Estado da Cultura exige o regresso de alguém que alegadamente viola, de um modo consciente, os termos de um contrato? O governo não pode ser o padrinho de prevaricações, o promotor de oportunistas. A mensagem que Jorge Barreto Xavier atira para o ar lesa muito mais do que o Estado. Lesa os princípios deontológicos que devem orientar a vida de qualquer indivíduo. Não é a empresa Opart (ou o raio que o parta!) que deve conhecer a lei espanhola. É Pinamonti que deve saber ou não se está a cometer uma infracção, a fazer jogo duplo. Em vez de ser sacudido do Teatro Nacional de São Carlos, Barreto Xavier quer dar um prémio de desempenho a este gestor público - uma recompensa pela ambiguidade cultural e poligamia artística? Será Pinamonti o único consultor lírico do mundo? Ou haverá outros a dever quantias à Segurança Social? As artes e letras, pela subjectividade questionável da sua natureza, têm sido poupadas a regimes de auditoria mais apertados. Os portugueses merecem saber de que forma o seu dinheiro é gasto em encenações e dramas, revistas e óperas-bufa. Os bufos são mais que bem-vindos - se defenderem o interesse dos espectadores e a carteira dos contribuintes.
S.A.R. o Duque de Bragança e Nuno Miguel, João Diogo e Filipa Camila Castelo Branco Vasconcelos Faria
O Tratado de Aliança celebrado entre os Reis D. Manuel I e Ramatibodhi II do Sião, foi hoje comemorado com uma grandiosa exposição na Biblioteca Nacional. Em representação do Portugal eterno esteve Sua Alteza Real o Senhor D. Duarte de Bragança, descendente do Venturoso. Também marcou presença o último Governador-Geral do Império, o General Rocha Vieira. Inúmeras entidades ligadas à cultura participaram no evento, embora o grande ausente tenha sido o Estado português. Do Sr. Secretário de Estado Viegas, não se vislumbrou nem um pelo da mosaica barbicha, tão ocupado deve andar com celestes problemas, decerto muito mais relevantes do que o reconhecimento do primeiro Tratado de estabelecimento de relações diplomáticas entre uma potência europeia e um reino asiático. Coisa de somenos importância, levando o governo a faltar quando não pode, nem deve fazê-lo.
Uma primeira edição de Os Lusíadas entre outros livros preciosos, documentação diplomática, selos de validação siameses, o Tratado de Amizade e Comércio entre Portugal e o Sião (1859), fotografias inéditas, um esplendoroso uniforme do Embaixador Melo Gouveia, fotografias raras e os originais de todos os Tratados celebrados nos séculos XIX e XX, entre muitos outros exemplos de um espólio sem igual, tornam esta exposição obrigatória. O catálogo organizado por António Vasconcelos Saldanha e Miguel Castelo Branco, é a maior reunião jamais feita de documentos e manuscritos cartográficos. Esta exposição seria impossível de organizar por qualquer outra potência europeia, numa relação antiga entre Estados que o Embaixador da Tailândia fez questão em sublinhar. Ao público foi também servida uma mostra da culinária tailandesa e o evento contou ainda com danças tradicionais daquele país.
Miguel Castelo Branco, Vítor Vladimiro Ferreira e António Vasconcelos Saldanha
O Director Geral da Biblioteca Nacional de Lisboa, o Prof. Dr. Pedro Dias, é indiscutivelmente uma das grandes autoridades em História Portuguesa no Mundo. Hoje, mais que qualquer outra entidade do Estado a que chegámos, a BNL dignificou o país.
S.A.R. o Duque de Bragança, Pedro Quartin Graça e Nuno Castelo Branco