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Embora haja muito boa gente que queira fazer a apologia do lindo Agosto, afastando as nuvens da meteorologia e das camas vazias de hotel, a verdade é que a ressaca da inconsciência far-se-á sentir, já se faz sentir. O turismo, condecorado como uma vaca sagrada, tratado como o antídoto para os males económicos, pelos vistos não foi suficiente para alterar a percepção que o mercado tem da economia nacional. Foi tudo de férias sem excepção - governantes e desgovernados -, o tempo quente e a toalha de praia, uma maravilha para fazer esquecer a descida, a ida ao tapete. A taxa de ocupação dos aparthóteis algarvios a rebentar com a escala. Os incêndios? Isso é lá para o norte, tudo tranquilo aqui com a mini - lê-se no Correio da Manhã debaixo da sombrinha do Continente na cadeira de campanha que a Maria trouxe às costas do carro mal estacionado no lugar do ausente, deficiente. Deixe lá que a GNR não tem combustível para o Rover que está à porta da farmácia já faz dois meses. Na caixa do correio por daqui a alguns dias os picotados das notificações; IMI, Esgotos e Saneamento Básico, e depois, à falta de memória, o IUC. Sem esquecer a inscrição dos miúdos na escola e o raio daquele seguro obrigatório para o carro e a casa. As férias? Vou tê-las a bem ou a mal. O direito ao descanso está consagrado na Constituição. Se está escrito é porque é verdade.