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Em defesa do Sistema Nacional de Saúde (SNS) devo dizer o seguinte: continua a ser um dos melhores do mundo. Por mais queixas que se escutem e protestos que se organizem, Portugal está no Top 10 mundial do sector de saúde pública. Mesmo durante a crise os serviços continuam a desempenhar o seu papel. Obviamente que o SNS também teve de suportar as consequências decorrentes da implementação de medidas de Austeridade. Mas o mesmo está longe da extinção, e não pode nem deve ser utilizado enquanto arma de arremesso político, em nome da honestidade intelectual. Todos os dias, para as centenas que ficam por tratar existem milhares que recebem cuidados adequados. E é essa relação de maioridade que deve ser tida em conta. Se assim não fosse há muito que o SNS não seria sustentável, mas ainda mais importante do que estes números: continua a ser percepcionado pela maioria da população como um excelente serviço do sector público, embora os portugueses tenham especial apetência para reclamar sobre tudo e nada. Nessa medida, há que realçar os aspectos positivos desta odisseia. A capacidade de superação que o SNS tem demonstrado. Mesmo sem os ovos adequados tem conseguido servir as omeletes que o país requer. Se quiserem uma experiência hardcore, experimentem o National Health Service dos Estados Unidos que não se compara nem de perto nem de longe com o caso português. Em suma, o queixume crónico nacional é uma patologia de difícil tratamento. Dizem que não existe cura.