Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



É excruciante viver em Portugal

por Samuel de Paiva Pires, em 21.10.24

A propósito das declarações de Miguel Pinto Luz no Congresso do PSD, escrevo hoje no Observador:

Retornando às declarações de Pinto Luz, parece-me que este governo está cada vez mais parecido com os de António Costa. Confunde anúncios de medidas com a resolução de problemas, comunica a sua cartilha como quem vive num país das maravilhas que não tem correspondência com a realidade, e em relação à maioria da população activa, que só aparenta ter utilidade contributiva, não faz outra coisa a não ser, claramente, convidá-la a emigrar.

Este país não é para jovens, não é para velhos, nem para ninguém, a não ser para os mesmos de sempre, as elites políticas que continuam a viver na sua bolha politiqueira e a usufruir de um país permeado por instituições extractivas que alimentam a sua cupidez do poder, não se descortinando qualquer estratégia de desenvolvimento do país e de prossecução do interesse geral da comunidade.

Para mim, viver neste país assemelha-se cada vez mais a um esforço sisífico, em que não só não se vislumbra o topo da montanha, como esta é cada vez mais íngreme e a rocha cada vez maior. É excruciante viver em Portugal.

publicado às 08:13

O negócio da Eutanásia

por John Wolf, em 29.05.18

lethal-injection-0000-1503512440.jpg

 

Se me permitem, também gostaria de oferecer alguns considerandos sobre o debate binário que corre em relação à Eutanásia. O interruptor on/off parece ser a única dimensão da discussão. Numa primeira análise e leitura da opinião pública, as hostes dividem-se fervorosamente entre a cessação do sofrimento e o respeito pela ordem natural da vida - sem uma mão humana a desligar a ficha. Esqueçamos essa matriz por uns instantes e concentremo-nos em algo um pouco mais cínico - o negócio. O que sai mais em conta ao Estado e ao Serviço Nacional de Saúde? Cuidados paliativos continuados ou a droga da morte assistida? O debate proposto por bancadas partidárias não é ingénuo - tem razão monetária de ser. Inscreve-se no Orçamento de Estado. Por detrás da verborreia existencial com laivos de filosofia de bolso, choradeiras de liberdades e garantias, o corpo é meu, a vida é minha, lá no fundo dos ministérios, depois daquele longo corredor resfriado pela marmorite aguda, encontramos os gabinetes de cálculo e folhas Excel. Esta história da Eutanásia é uma nova oportunidade do caraças - de negócio. É quase um Simplex. Por quê não pensamos nisto antes? Deixemo-nos de lamechices e atiremos à arena parlamentar e ao executivo do bem comum este caderno de encargos. Eles hão-de encontrar a veia para a execução. Sofrimento. Death and Taxes.

publicado às 09:49

Sarampos e dictomias portuguesas

por John Wolf, em 19.04.17

Syringe.jpeg

 

Há várias décadas que venho observando por esse mundo fora a simplificação apaixonada, a redução de equações complexas a tábuas rasas de tudo ou nada, certo ou errado, preto ou branco, sim ou não. Portugal até oferece aos seus tele-espectadores um programa conceptualmente ridículo - Prós e Contras -, um exercício que dispõe em campos opostos partes de um mesmo universo de considerações. A "vacinação ou não vacinação" já deve fazer parte do alinhamento básico da Fátima Campos Ferreira que munir-se-á de um Adalberto, um George e uns tantos hippies requisitados ao Bloco de Esquerda para a próxima emissão daquele formato. São radicalizações extremadas desta natureza que fuzilam as excepções de que é feita a humanidade. Qual bem maior qual interesse público versus ego existencial alternativo, privado.  Não é assim que funciona. O mundo não é visceralmente vegetariano nem augustamente carnívoro - à terça há frango, ao domingo percebes. Vejamos então onde nos conduz esta nova discussão de contemplações. Se o sarampo bate aos pontos Torremolinos. Se Tires arremessa Marcelo para o promontório uber-moralista do certo ou errado. Nesta hora de constrição epidémica, e com a fé como pano de fundo, relativizemos  Einstein. Somos pequenos. E geralmente erramos. Quase sempre.

publicado às 21:01

Geringonça exibe filme de 2011

por John Wolf, em 04.01.17

resizedimage600400-Film-Reel.jpeg

 

 

É impressão minha? Ou já vimos este filme antes? Começam a nascer por todo o lado os mesmos sintomas que conduziram ao dramático descalabro do glorioso mandato socratino. Basta ligar a caixa que mudou o mundo, e mesmo que apenas se colem aos canais do regime, já não passa em branco a azáfama e o caos do Serviço Nacional de Saúde - nada parece funcionar. Depois, um pouco em segundo plano, como se nada fosse, as taxas de juro da dívida que têm regressado ao olimpo da ruptura iminente, têm sido abafadas pela novela quixotesca que opõe Domingues ao governo da Caixa Geral de Depósitos. Mas como cereja em cima do bolo-podre de consternações, desprovido de má-lingua propagandista, lá aparece o raio dos números das pensões mais baixas, das gasolinas mais caras ou do IUC mais a doer. No entanto, estes ingredientes dizem respeito ao quintal cá de casa. Enquanto tiram teimas de geringonça, o Banco Central Europeu (BCE) prepara uma canelada que far-se-á sentir em Abril, mês dos cravas. O BCE iniciará então a redução do seu programa de compra de títulos de dívida de países em apuros da Zona Euro. Passará de 80 mil milhões de euros mensais para 60 mil milhões, pelo que Portugal sentirá efectivamente os efeitos da referida redução. Não sei que bode-expiatório têm programado para chocalhar as hostes, mas prevejo "medidas excepcionais" e "justificações governativas" para o reforço e ampliação do conceito de austeridade, que aliás, em abono da verdade, não se foi com o estalar de dedos demagógicos da geringonça. Entretanto, como as más crónicas superarão as favoráveis, Costa deve seguir o modelo turco com ainda mais afinidade e rigor, e realizar a purga de vozes dissonantes dos meios de comunicação social. Quanto aos bloggers chatos, como eu, mandar-nos calar é mais difícil.

publicado às 20:52

Morrer à espera do SNS

por John Wolf, em 23.06.16

distal-digital-amputation.jpg

 

Os socialistas, bloquistas e comunistas não pouparam o governo anterior, acusando o mesmo de estar a matar os portugueses. Mas a geringonça parece querer ir mais longe. Promete conceder uma morte lenta aos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS). António Costa bem pode carregar em ombros o pai do SNS, mas será a própria ideologia de Estado-monopolista a arma escolhida para desferir o golpe misericordioso nos doentes de Portugal. Na mesma linha de pensamento tosco sobre a exclusividade da escola pública, deparamo-nos com uma situação mais dramática, um enredo de vida ou morte. Por alguma razão, ao longo das últimas décadas, o sector privado de saúde serviu para colmatar as lacunas e insuficiências do SNS. O que mudou do dia para a noite? De repente, a toque de caixa, o SNS vai ter capacidade para atender às imensas filas de espera de pacientes? Tudo isto soa a teimosia ideológica. Mas há semelhanças com o que se passa no sector do ensino - o professor de Faro colocado à última hora em Bragança (?). Assim sucederá como o doente oncológico de Cuba (Alentejo) que terá de fazer malas para ser operado nos Açores. Dizem eles, com os três dedos em cada mão, que o SNS tem capacidade para servir os utentes. Eu sei o que querem fazer. Querem amputar as despesas com saúde, mas dando a volta ao texto, para que pareça o elogio da causa pública, do interesse nacional. Treta. Um governo incapaz de gerar dinâmica na economia apenas pode fazer uma coisa - cortar a torto e a direito. Os senhores-funcionários-públicos-médicos-cirurgiões que se preparem. Vão ter sessões contínuas. Mas podem dormir nos corredores dos hospitais se encontrarem uma maca.

publicado às 09:07

Acesso à inovação terapêutica

por Regina da Cruz, em 09.10.13

Em Portugal os doentes, por questões economicistas, estão a ser privados de usufruirem de tratamentos inovadores. É tão simples como isto e é inacreditável ao que chegamos. Atingiu-se um ponto que eu jamais imaginei que pudesse ser possível atingir, como se tivéssemos andado estes anos todos a subir lentamente uma escada, degrau a degrau, e agora decidíssemos, cega e abruptamente, voltar atrás e deitar fora o trabalho e investimento de anos. É uma verdadeira regressão civilizacional!

 

Estamos a viver num tempo em que reina a arbitrariedade, a confusão, o descaramento. A inversão de valores, ou mesmo a sua perda, é total. Portugal está a afastar-se a passos larguíssimos dos padrões mínimos que permitem classificá-lo como civilizado. Curioso como as decisões erradas deste governo contribuíram para que este país se tornasse ingovernável. Sinto um país abandonado à sua sorte.

 

Para onde vai o dinheiro dos impostos?! Onde está a ser gasto o rio de dinheiro que todos os dias os portugueses enviam com sacrifício para os cofres do Estado? Que sorvedouro, que buraco negro é esse que suga e destrói os recursos que os portugueses saudáveis enviam para o estado na inocência de supor que quando um concidadão necessitar de tratamento, será tratado, sem olhar a folhas de excel?! Não foram os gastos com a saúde que trouxeram Portugal à bancarrota! Não foram os médicos que destruíram este país! Não foram, sobretudo, os doentes, que trouxeram o país à falência financeira e moral, não!

 

Parem, por favor, eu peço aos responsáveis políticos, secretários de estado, ministros,  administradores hospitalares e gente que pouco conhece de doenças (nem como tratá-las!) que por favor, parem com esta sacanice, parem de fazer pouco de quem não tem condições físicas para se defender. Já que vocês são tão fortes e poderosos, tão musculados com os fracos, metam-se com alguém do vosso tamanho, com a vossa força e com o vosso bom estado de saúde; metam-se, por exemplo, com os accionistas e ex-dirigentes do BPN, da SLN, com os que usufruem de reformas milionárias para as quais nunca descontaram; metam-se com aqueles que estão reformados do estado mas continuam a trabalhar; metam-se com os que acumulam regalias do estado, com os senhores das fundações e dos institutos que não sabemos bem o que fazem nem para que servem; metam-se com certos grupos de interesse que impedem a competitividade e encarecem a vida aos portugueses; metam-se com os juízes do tribunal constitucional! Metam-se, em última análise, com toda essa gente do aparelho do estado que está de boa saúde e que, para continuar a alimentar o seu estilo de vida não se importa que haja alguém a passar fome ou ameaçado de morte por uma doença, que tem tratamento, mas simplesmente não em Portugal.

 

Metam-se com este mundo e com o outro mas por favor, deixem os doentes em paz.

 

(Fiquem com esta notícia, que já tem quase 1 ano, mas continua actualíssima e é só a pontinha do iceberg... Desde o início do ano, como devem imaginar - ou não! - já muita água passou debaixo da ponte. Como vocês merecem, eu vou-vos pondo a par.)

 

ps.: pelos vistos, acabo de ser informada, o primeiro ministro esteve na tv a responder a umas perguntas... ele que venha aqui ao blog e responda às muitas perguntas que eu tenho vindo a fazer; olha, até pode começar por estas que eu fiz aqui em cima...

tá bem, tá...

publicado às 23:09

Maior despesa igual a menor mortalidade

por Regina da Cruz, em 30.09.13

Cumprindo a promessa de escrever sobre a saúde, abro as notícias hoje e vejo uma notícia que me agrada sobremaneira não tanto pelo assunto per se, que é sempre trágico, mas por que constato que foi publicado um estudo que comprova aquilo que era até hoje uma observação empírica. Agrada-me o conceito de Medicina Baseada na Evidência. Aliás, por vezes considero que seria benéfico a própria política começar a basear-se na evidência - será um tópico a desenvolver futuramente.

 

Decorre neste momento em Amsterdão um dos Congressos mais importantes de Oncologia (para os curiosos, vejam aqui) e é sempre um momento alto dos investigadores e médicos pois as novidades e notícias são mais que muitas e hão-de alimentar as conversas entre os cientistas durante os próximos meses. São encontros pautados pela excelência.

 

Num dos painéis do Congresso foi apresentado o resultado de um estudo que relaciona a quantidade de recursos investidos na saúde com aquele que é o derradeiro índice de qualidade do sistema de saúde: a mortalidade. Quem trabalha em saúde habitua-se a pegar nos artigos, passar pela introdução e pelos métodos na diagonal e ir directo ao assunto: a discussão e conclusão. A pergunta que habita os espíritos é quase sempre a mesma: "Mas depois disto tudo, morre-se menos?"

 

Como a peça jornalística está sucinta e bem escrita limito-me a retirar aquela que me parece mais pertinente, que é a conclusão:

 

"quanto mais dinheiro se destina à saúde, menor é o número de mortes após o diagnóstico de um cancro e que esta relação é "mais evidente" no caso do cancro da mama. Os investigadores também observaram que, apesar de todas as iniciativas para harmonizar as políticas sanitárias públicas, existe uma "diferença significativa" entre o gasto sanitário e a incidência de cancro nos 27 estados da União Europeia, que é ainda mais clara entre os países europeus orientais e ocidentais."


Este é só mais um argumento para se defenderem políticas públicas de saúde pois, sabemos bem, quando a saúde se transforma num negócio puro e simples, há os que podem e os que não podem pagar os cuidados de saúde e sobretudo verifica-se da parte dos diferentes prestadores de serviços ( e aqui refiro-me aos privados) um fenómeno que é perverso quando o lucro é um objectivo: as poupanças a todo e qualquer custo. 

publicado às 12:10

Portugal todo é uma mera formalidade

por Regina da Cruz, em 22.08.13

E como tal, irrelevante.

 

Mas deixem-me *concretizar*.

Pelos vistos as receitas médicas em papel (usados em casos excepcionais) sofreram uma alteração de modelo de maneira a incluir no cabeçalho a seguinte inscrição:

 

                                                               "Governo de Portugal"

 

Receita sem esta coisa impressa, não vale.

Mais uma vez quem se lixou foi o doente (o boneco, o verbo encher!) que quando chegou à farmácia viu a sua receita invalidada pela não conformidade. Ficou com cara de tacho a olhar para o farmacêutico e sem o medicamento. Estar doente, com doença grave, já é em si difícil; mas neste país tal suplício é elevado ao nível de uma autêntica via sacra, com os doentes literalmente a arrastarem-se de um lado para o outro, apanhados no meio de barreiras burocráticas, atrasos, tratamentos com fármacos racionados e do século passado, e uma série de situações que fazem o diabo rir.
E portanto, lá voltou o doente à consulta (quiçá pagando nova taxa moderadora - não confirmei) para lhe passarem uma receita comme il faut - bonitinha, com bandeira e tudo.


Estava eu maravilhada (em mau!) a ouvir este "episódio da vida romântica", quando a minha amiga, a médica, me diz: "Mas espera, há mais... Portanto, eu pedi imensa desculpa, não fui informada que o modelo da receita tinha mudado, lá pedi novas receitas e pedi ao doente que voltasse à consulta dentro de dias. O doente voltou, lá prescrevi novamente o medicamento. Qual não é o meu espanto quando na consulta seguinte verifico que não venderam o medicamento que eu prescrevi, mas outro, um parecido, o que havia na farmácia. Tu já viste isto?!" E perguntava ela, meia a rir, meia a chorar: "Mas desde quando é que uma prescrição, que é um acto médico com enquadramento legal, se transformou numa mera formalidade inconsequente?! Desde quando?!"

Pois é...uma receita não vale e não pode ser aceite sem ter escrito "Governo de Portugal"  - que isto não é assim, uma receita é uma coisa séria, ómessa! No entanto, aquilo que realmente importa - que é o que o médico (pr)escreve, "isso agora não interessa nada, tá a despachar o que há aqui na farmácia e o médico que vá mas é estudar! - mais ainda."

Muito bem.

Digam-me: se isto não é o expoente máximo da desordem, do despautério, do desrespeito, então eu não sei o que é...

Falando de forma mais concreta, pergunto ao caro leitor: quando lhe for diagnosticada uma doença grave - daquelas mesmo feias e assustadoras! (e não o quero alarmar, mas devo dizer-lhe que as probabilidades estão contra si), pergunto-lhe, quando lhe diagnosticarem uma doença grave (ou à sua mãe, esposa, marido ou ao seu filho) como é que gostaria de ser tratado? "À portuguesa"?

Boa sorte.

publicado às 19:48






Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D

Links

Estados protegidos

  •  
  • Estados amigos

  •  
  • Estados soberanos

  •  
  • Estados soberanos de outras línguas

  •  
  • Monarquia

  •  
  • Monarquia em outras línguas

  •  
  • Think tanks e organizações nacionais

  •  
  • Think tanks e organizações estrangeiros

  •  
  • Informação nacional

  •  
  • Informação internacional

  •  
  • Revistas


    subscrever feeds