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Medina, carteirista arrependido

por John Wolf, em 14.03.24

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O Nobel da economia medíocre e afins, Fernando Medina, orgulhoso das suas cativações, dos cofres cheios de cheta corroída pela inflação, julga que prestou um grande serviço à nação. Mas seja qual for o cash disponível, está a perder valor a cada dia que passa. O Fernandinho-carteirista, que tirou aos portugueses, para dizer que agora são ricos, é igual àqueles idiotas de ceroulas urinadas que colocam as notas debaixo do colchão com ganas de que se reproduzam através de cópulas monetárias. Miséria de ministro. Não percebe nada de nada. E nunca foi eleito. Foi suplente na Câmara Municipal de Lisboa e saltou do banco por causa da lesão simulada do outro que já foi de carrinho. Depois foi camarada-amigo pescado para a pasta das finanças. Uma nulidade, portanto. Vamos ver realmente o que está na caixa de esmolas. Hoje a dádiva é curta. Este texto é como o Medina. Não vai longe. É uma falsa devolução. Um truque de secretaria. Uma ilusão de contabilidade na forma redigida.

publicado às 19:35

Medina contactou o Tribunal Constitucional

por John Wolf, em 20.09.17

 

Fernando Medina pegou no telefone e contactou o Tribunal Constitucional para suprir eventuais "omissões" na sua declaração de rendimentos. Que sorte a sua. O comum dos mortais, o contribuinte português, não dispõe de semelhante privilégio para por em pratos limpos a loiça suja. Como bom socialista que afirma ser, Medina devia propor em sede de Assembleia Municipal uma hotline para que todos possam reescrever as suas histórias e alegar que não estão em incumprimento. Não foi notificado? Medina não sabe que a ignorância da lei não pode servir para um indivíduo se furtar às suas responsabilidades. Em vez de morder a língua e admitir a falha, Medina apresenta-se como imaculado constituinte. Não há paciência para estas miudezas de carácter e faltas de ética.

publicado às 09:14

O voto refugiado no socialismo

por John Wolf, em 16.09.15

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António Guterres não tem conta de Facebook. Se o Alto-Comissário para os Refugiados das Nações Unidas (UNHCR) tivesse perfil e mural percebia logo que o homem-comum, o cidadão-tipo de Portugal, não está nada contente com a possibilidade da vinda de contingentes de refugiados. Bastar-lhe-ia falar com um taxista para chegar a essa conclusão: "eles que fiquem lá na terra deles". Se falasse com um condutor-uber, talvez o caso mudasse de figura, mas não é isso o mais importante. O que convém sublinhar é o alinhamento de Guterres com o camarada António Costa, que referiu que o problema demográfico de Portugal seria resolvido com a chegada de migrantes. Até pode ter alguma razão, mas o que me chateia mesmo é Guterres servir-se do seu cargo para dar um empurrão à campanha de Costa. As suas palavras, subtilmente oferecidas, enaltecendo a sociedade civil de Portugal, passam por outra portagem. Inscrevem-se na fórmula oportunista de Costa, que antes da crise de refugiados tomar estas proporções, nunca havia tido uma ideia pan-europeia, uma sugestão que fosse sobre o futuro da relação de Portugal com um continente em profunda alteração. Um candidato a primeiro-ministro deve ter capacidade para pensar além dos ganhos e proveitos da mão-de-obra barata que as empresas de construção civil anseiam por ter. Em suma, os refugiados, que não são tidos nem achados, já servem de arma de arremesso na campanha dos socialistas. Eles nem sonham com a utilização abusiva da sua condição e não irão eleger Costa ou quem quer que seja.

publicado às 09:25

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Ferro Rodrigues e António Costa podem ter anos de casa política - os suficientes para receberem uma reforma socialista -, mas isso não significa que sejam particularmente dotados em termos cognitivos. É triste que o povo português conceda a sua representação a políticos que estão longe de ser estadistas. E há mais. O retornado à bancada parlamentar está enganado. Finalmente podemos constatar o seguinte: há pelo menos uma pessoa que andou anos a fazer das suas e que irá pagar pelos seus devaneios. Quem tem por casa um Sócrates não tem argumentos para apontar o dedo moral a quem quer que seja. Tenha fé, camarada Ferro. Se acreditar em Portugal e no sistema de justiça, este último chegará a quem está em falta. Sei que o Partido Socialista está desesperado por encontrar uma bomba do calibre prisional de Évora, mas tem de se esforçar mais. As dívidas à Segurança Social não chegam para levar a sua mágoa ao moinho. À semelhança de António Costa, Ferro Rodrigues não tem ideias. E as que tem são axiomas gerais, orientações que dizem respeito a considerações à la palisse - mais investimento, mais emprego, mais inclusão, menos austeridade. Se perguntarem a uma criança se ela prefere tau tau a um bolo de chocolate, ela saberá responder. Como diria o outro - Portugal está metido num grande sarilho. O que nos vale é que andam aí uns intelectuais a espremer o sumo inócuo das sondagens, a falar de alegadas vantagens de secretaria, enquanto Portugal assiste induzido pelas balelas da alternância democrática, das promessas infindáveis que emanam do Rato.

publicado às 18:37

O PS e o fim de mon ami Mitterrand

por John Wolf, em 26.05.14

 

Não pretendo insultar a inteligência dos leitores, nem ofender a teimosia de alguns, mas tenho uma simples pergunta que gostaria de colocar às hostes mais analíticas, àqueles dispostos a ver para além de Badajoz, mentes hábeis na leitura de quadros maiores. Que relação existe entre a "vitória" socialista  portuguesa e o fim da crise na União Europeia? Que relação existirá entre uma putativa vitória socialista nas legislativas e a crise económica e social na zona Euro? A resposta é simples: não existe relação, uma vez que a arquitectura política da União Europeia não se baseia na equidade entre o que se passa a montante e a jusante. O que acontece em Portugal não tem efeitos na Europa, por mais que alguns se queiram armar em campeões da liga do sul. Os socialistas padecem de uma condição auto-endorfínica, quase endémica - alimentam-se do seu próprio sangue, numa espécie de ritual narcisista-masturbatório. Saberá Seguro por que razão a Marine Le Pen arrombou os caciques do poder francês? Não tenho a resposta completa, mas Hollande deu uma ajuda enorme. O aventureirismo fiscal à la Robin dos Bosques colidiu com a seta da livre iniciativa, do self-made man do banlieu e, ao contrário do que seria de esperar, foram largas camadas de oprimidos que produziram os resultados que deixaram a Europa em estado de choque ontem ao cair da noite. Portugal corre perigo imediato, mas também correrá a breve trecho se depositar confiança nas impossibilidades avançadas por Seguro, nas falsas promessas. Não, os portugueses não derrubaram o poder vigente nem elevaram os socialistas a sérios candidatos. Ainda não entendeu Seguro, que aconteça o que acontecer no bairro mais próximo, a Europa dos grandes nunca deixará Portugal se extraviar dos carris do acerto e consolidação orçamental - a austeridade vai muito para além deste governo que se encontra em funções. Se os socialistas quisessem mesmo ajudar o país, deveriam concentrar os seus esforços noutras corridas, nomeadamente em tentar perceber quais os aliados com que podem contar no Parlamento Europeu. Com a nova disposição de cadeiras e a ocupação de muitas delas por euro-cépticos e a direita extremada, as forças políticas "convencionais" da ala socialista ou da ala social-democrata, devem, com um elevado sentido de urgência, tentar perceber como podem travar as ondas de populismo que muito dano podem causar à ordem democrática europeia. Por isso, um pequeno partido como o partido socialista português deveria estar preocupado em angariar aliados ideológicos. As coisas mudaram em França. De terra de liberdades e garantias, exílios e mestrados, França passou a ser entendida como terreno non grato por aqueles que ainda acreditam no projecto europeu. Os socialistas portugueses parecem ligeiramente atordoados com a vitória agridoce de ontem. Fiaram-se na velha receita do voto útil, do castigo aos governantes, mas a coisa deu para o torto. E o que aconteceu nem sequer aconteceu num esplendoroso dia de praia. Foi abstenção pura e dura - e os dias de mon ami Mitterrand acabaram em definitivo.

publicado às 14:11

Edite Estrela e a casa do lago

por John Wolf, em 03.04.14

Edite Estrela tem pena de perder a casa do lago em Bruxelas (no comment).

publicado às 14:05






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