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Lisboa perdida, Vila Nova de Gaia também. Sintra e Porto tremidos. Rui Moreira no Porto surpreende positivamente pelos 25% desde já e promete subir. É a derrocada anunciada do PSD. O JN publica e o seu Estado Sentido divulga tudo aqui. O tal resultado que, supostamente, não incomoda Passos Coelho.
De uma sondagem ontem revelada, da autoria da Eurosondagem, S.A. para o Expresso e SIC, e realizada de 4 a 9 de outubro de 2012, podem-se tirar algumas importantes conclusões, a que se pode chegar a partir dos números divulgados:
1. A esmagadora maioria dos portugueses não confia neste Governo.
2. A maioria dos portugueses acha que o Governo não vai chegar ao fim da legislatura.
3. O ministro Vitor Gaspar "caíu em desgraça" junto da população que no mesmo não confia.
4. Ao contrário do que lhes pretendem fazer crer, os portugueses consideram que existem alternativas para o equilíbrio das contas públicas.
5. O Governo está a distribuir de forma desigual os sacrifícios que estão a ser pedidos aos portugueses.
6. A austeridade em Portugal atingiu todos os limites do razoável.
Conclui-se pois que, ou "isto" leva uma volta de 180 graus, ou o Governo e os partidos que o apoiam bem podem começar a fazer as malas.
Uma semana depois do anúncio de mais austeridade o PSD é quase varrido do mapa eleitoral, ao cair a pique nas intenções de voto dos portugueses. Os sociais-democratas perderam 12 pontos(!!!) percentuais face a junho e recebem o apoio de 24% dos eleitores, o mesmo que PCP e BE juntos, de acordo com uma sondagem da Universidade Católica para o DN, JN, Antena 1 e RTP hoje publicada.
A penalização eleitoral do PSD poupa todavia o seu parceiro de coligação, o CDS, o qual até sobe um ponto percentual, para os 7%. Contrariamente ao que alguns, que não nós, pudessem supor, o PS, não só não sobe, como cai nas estimativas. Ao invés, o PCP sobe de 9% para 13%, enquanto que o Bloco de Esquerda sobe de 9% para 11%.
O número de votos bancos e nulos aumenta de forma dramática, passando de 4% em junho para 11%
Há momentos em que nos envergonhamos dos sítios onde trabalhámos. É o caso de hoje. Durante quase dois anos fui assessor jurídico do Conselho de Administração da TVI. Vesti como é bom de ver a camisola da casa. Estive lá com a Mediacapital, trabalhei com os homens da Sonae durante todo o período de recuperação da empresa e assisti ao regresso ao leme da estação de Miguel Paes do Amaral com os seus parceiros colombianos. Nunca como hoje senti tanta vergonha de uma casa que, em tempos, se distinguiu pela qualidade da informação que veiculava. Eram claramente outros tempos, em que figuras como José Ribeiro e Castro se impunham ao leme de uma estação de televisão que iniciara o seu percurso. Hoje, com a sondagem sobre os resultados da Madeira, a TVI - Televisão "Independente"* bateu no fundo no que à inexistência de isenção diz respeito e na tentativa de, de forma grosseira é certo, tentar ajudar a manipular os votos dos eleitores, ao consagrar, debaixo de um número de "8,5%" a pretensa votação de três partidos candidatos à Assembleia Legislativa Regional. Três partidos sem nome e sem rosto.Um deles é o Partido da Terra - MPT de que sou Presidente e o qual tem, desde 2007, representação parlamentar na Região Autónoma da Madeira porque o Povo da Madeira assim o quis. Hoje, para a TVI, o MPT reduz-se à hipotética votação dentro de um número sem rosto e sem nome: os "outros", uma espécie de 2ª divisão que, jornalistas "iluminados" e paineleiros de serviço querem que se transforme em verdade. No domingo terão o seu amargo de boca. Por muito que isso lhes custe a engolir.
* E a sua parceira Intercampus.
PS - E, como quem não quer a coisa, já agora, a TVI também censura os comentários na sua página do Facebook. Edificante. Bateu mesmo no fundo.