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Seis "submarinos PPP" por ano. São mesmo seis!

por Nuno Castelo-Branco, em 29.09.12

Os dois submersíveis em serviço na Armada, têm servido como o prato forte nas querelas interpartidárias. Mil milhões, eis o preço desta despesa que decorre da presença portuguesa na NATO e da posse - mesmo que fictícia - da Zona Económica Exclusiva. O mais espantoso, será verificarmos o prolongado e comprometedor silêncio dos responsáveis das Forças Armadas Portuguesas, todos os dias achincalhados pelo cumprimento daquilo a que outrora se denominava dever e exercício da soberania nacional.

 

Seis "submarinos PPP", é isto que Portugal terá de pagar anualmente. Multipliquem esta soma por mais de quarenta anos de esbulho graciosamente consentido aos exploradores internacionais. Não existe um único ministro que ponha estas contas sobre a mesa e informe os portugueses? Paralelamente, estamos agora submergidos por uma tremenda campanha que visa antes de tudo, o ocultar de certos factos que como este que aqui fica, deixará todo o sistema numa situação de catástrofe iminente. Decididamente, a este governo falta-lhe uma forte voz política que explique tudo isto aos indignados de fim de semana. 

publicado às 10:06

Presuntas doutoras deste tempo

por Nuno Castelo-Branco, em 07.03.11

Clara Ferreira Alves na sua actual versão mediterrânica, presunta doutora de qualquer coisa e "pelo que se diz" ex-santanete regularmente arrependida, voltou à carga no Eixinho do Mal. A frase mortalmente inócua quanto aos submarinos "de Portas", foi acolhida com aquela indiferença que a burrice contente ou a total falta de conhecimento da realidade, impõe aos comensais presentes na mesa. O tal Eixinho não passa de mais uma disfarçada mordomia bastante dispensável, um intróito a noite de copofonia no Bairro Alto. Vindo o compensatório pecúlio do património do sr. Balsemão, pouco importará este enlatado. Se nada mais houver para fazer, a coisa vê-se "por desporto", tal como se vê o telejornal antes de dormir.

 

Sabe a presunta doutora quanto custa um submarino e para que serve? Sonhará sequer com a realidade dos números da nossa dívida quotidiana que atira a mais poderosa frota e submarinos convencionais, para a esfera das ninharias negligenciáveis? Esquece-se a dita presunta, da meta dos quatro, seis ou oito (?) submersíveis que o pantanoso Guterres um dia pretendeu conceder à base do Alfeite? 

 

Oito? Já agora aqui lhe dizemos que numa situação normal, nem sequer seriam demais. 

publicado às 17:07

 

Diz a mensagem "uiquilique" enviada pelo embaixador americano em Lisboa. Pois, mesmos que isso fosse verdade, onde estaria o problema? Temos o "orgulho visceral" de um país que existe há quase um milénio, facto que para os observadores além-Atlântico, é coisa objectivamente incompreensível. Infelizmente, os nossos actores políticos, apenas disto se lembram quando lhes convém. 

 

De qualquer forma, ficamos com a estranha sensação de tudo isto se dever apenas ao despeito dos nossos aliados, por não terem conseguido vender-nos o seu equipamento em segunda mão. Quanto aos submarinos, se tivessem sido encomendados a uma empresa norte-americana, decerto teria a embaixada uma opinião bem diversa.

 

Business, as usual

publicado às 17:47

Pacto de Pacóvia (2): truque arpoado para o debate do OGE

por Nuno Castelo-Branco, em 20.10.10

O senhor ministro da tutela, declarou ontem que o submarino Arpão, deverá ser entregue à Armada em Dezembro próximo e que tal evento consistirá numa "despesa extraordinária" a ser paga com receitas também extraordinárias, uma "realidade que pesa sobre o Orçamento".

 

Ai temos o "encarte" para um habilidoso queimar de tempo no debate orçamental. Infalivelmente regressará a gritaria do costume, com a acusação de despesismo dirigida a Portas e o contraditório endereçado a Santos Silva, até porque o ..."governo de Guterres queria quatro U-boot".

 

Temos muita sorte em não sermos governados pelo PASOK do sr. Papandreu, porque lá "nas Grécias", os submarinos compram-se à meia dúzia!

 

Entretanto e talvez procurando encontrar algures um novo Mapa Cor de Rosa, a república portuguesa - o actual nome deste país - apresentou uma reivindicação imperial no Atlântico. Sem efectivos para sequer garantir a segurança da costa peninsular, os exigentes sátrapas parece terem mais olhos que barriga. Oxalá não recebam um Ultimatum. Para dizer a verdade, dava-nos imenso jeito, pois já temos a lição de como proceder nestas emergências.

publicado às 12:30

Milionários-africanistas ao fundo...

por Nuno Castelo-Branco, em 14.10.09

 

O conhecido milionário e ex-colonial-africanista Almeida Santos, insurgiu-se contra a aquisição dos submarinos da Armada, recentemente construídos na Alemanha.

 

Presidentes,  ex-presidentes, conselheiros de Estado e afins, são parte daquele selecto grupo de personalidades com capacidade para conformar os destinos do país e em lógica contrapartida, deverão ser exactamente aqueles melhor preparados e aconselhados para a tomada de posições políticas. A questão dos submarinos que tem vindo a envenenar há anos a vida política portuguesa, obedece a toda uma série de equívocos, processos de reserva mental ou simples arma de arremesso a utilizar numa situação azada.

 

Almeida Santos é para o contribuinte, uma personagem dispendiosa e tem a obrigação de se informar antes de propor a venda das mais recentes e tecnologicamente avançadas unidades da Marinha. A falta de informação de que o cidadão comum padece - especialmente no que se refere a todos os assuntos de índole militar -, leva a tomadas de posição geralmente consentâneas  com o imediatismo da notícia fácil, onde o desfiar de milhões serve sempre como chamariz à demagogia. 

 

Os submarinos são caros e ninguém nega a evidência, especialmente neste momento de crise que não pode, nem deve ser apenas imputada a factores externos. Nem sequer mencionando as capacidades de acção destas unidades (ver especificações gerais AQUI), os submarinos vêem afinal ao encontro daquilo que a política externa portuguesa sempre foi, ou seja, tradicionalmente atlantista por imposição da nossa situação geográfica, da preservação da integridade e independência nacional e não menos importante, significando a garantia da soberania sobre uma vasta superfície oceânica que é fruto da directa cobiça de certa potência vizinha. De facto, desde que o nosso mais directo adversário político e económico ingressou na NATO, tudo tem feito para mitigar a presença portuguesa no Atlântico Norte, ao mesmo tempo que de forma mais ou menos velada contesta a posse portuguesa sobre territórios estratégicos como as Selvagens. O controlo dos recursos a explorar num futuro não muito distante, o reaproveitamento do valor dos Açores e a afirmação nacional no concerto das nações, impõe uma Marinha Nacional moderna e eficiente. 

 

Há décadas bombardeados incessantemente por uma propaganda desmoralizadora, os portugueses aprenderam a olhar as Forças Armadas como uma fonte de despesa, enquanto os próprios titulares da soberania delas se servem para as mais variadas missões de índole claramente política, sob a prazenteira capa da ONU. Mal equipadas e exíguas, exige-se muito e oferece-se pouco. É quase um milagre o facto de até hoje nenhuma catástrofe ter sucedido a qualquer uma das missões no estrangeiro, dada a conhecida parcimónia na disponibilização de recursos mínimos para o cumprimento das tarefas.

 

A Armada não só precisa destes submarinos - apenas dois - como também tem imperiosa necessidade de ver crescer os efectivos e o número de unidades de patrulha e de intervenção rápida. Navios modernos e com equipagens bem treinadas, capazes de garantir aquele que é há séculos o destino de Portugal: o mar, vital para a manutenção da nossa influência na CPLP, na estrutura da NATO e também, para a obtenção das vantagens económicas presentes neste grande filão que o futuro próximo garante.

 

Além da arrogante ignorância do sr. Almeida Santos, o mais preocupante consiste na verificação da existência de uma corrente que no seu partido advoga a tomada de posições concludentemente lesivas do interesse colectivo. Se a apontada ignorância consistir apenas num impulso populista que ciclicamente afecta quase todos os agentes políticos, nada temos que temer. Mas, se pelo contrário, se erigir em pura estupidez na condução dos negócios públicos, o caso torna-se muito mais sério e prenhe de consequências.

 

Aliás, o sr. Almeida Santos há muito se devia ter retirado da vida política, gozando a sua reforma e preocupando-se em exclusividade, com os seus afazeres empresarias. Ele e muitos outros que por aí ainda deambulam não se sabe bem com que fim.

publicado às 19:05






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