Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Fernando Medina e a sua equipa de cobranças duvidosas apropriaram-se ilegalmente e inconstitucionalmente de 58,6 milhões de euros. Não consigo determinar com precisão durante qual período os contribuintes afectos à Câmara Municipal de Lisboa (CML) ficaram privados, cada um, de perto de 40 euros devido à tal ficção da Taxa de Protecção Civil, mas poderemos estabelecer que houve danos em termos financeiros. Não sabemos o que andaram a fazer na tesouraria da CML com os 58,6 milhões de euros de outrém, mas uma coisa é certa, se tivessem sido aplicados num veículo financeiro convencional o retorno seria interessante. Não faço recomendações de investimento, mas deixo ao critério de aforristas, pequenos e graúdos, o modo de aplicação de poupanças. Se a CML fosse idónea e honesta, acrescentaria, aos valores que agora devolve, uma percentagem para compensar potenciais perdas. Os residentes de Lisboa e contribuintes da Taxa de Protecção Civil teriam fundamentos legais e financeiros mais que suficientes para mover acções contra a CML. Paira no ar a seguinte pergunta: o que andaram a fazer com o dinheiro dos outros nesse período de tempo? Por motivos muito mais incipientes já apresentei queixas à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, quando uma instituição financeira da praça falhou nas suas obrigações. Mas haja esperança; pode ser que no tal vale postal que os lisboetas irão receber venha aposto um poema de Manuel Alegre - "o que tira uma mão, a outra não devolve", ou qualquer treta deste calibre. Chico-esperto, este Medina.