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Que power...

por John Wolf, em 21.07.25

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Que fique bem claro. Eu não sou como aquele que aparece nas televisões a dar dicas e mais dicas sobre investimentos e poupanças. Não senhor. Não tenho licença para o exercício de tal função e, tanto quanto eu sei, aquele indivíduo também não está autorizado a fazê-lo. No entanto, lá aparece a dar receitas e sugestões de produtos e aplicações financeiras com o patrocínio de não sei quem das quantas. Enfim. Por quem sois? Eu não sou aquele, definitivamente. Nunca ousaria bradar aos céus como um divo oracular. Nem pensar. Mas estudar as grandes correntes que transformam o nosso mundo é o que tenho ensaiado desde que me lembro — ler e tornar a ler, reler. Porém, a repetição, de nada serve, nem sequer rima.O que pode servir a pulsão da busca é a realização de exercícios de extrapolação sobre as revoluções que assolam o nosso mundo. Neste caso não me refiro à política, embora a mesma possa vir a ser uma manifestação das roturas. Refiro-me às disrupções tecnológicas que não são passíveis de serem balizadas com precisão paramétrica. Mas que elas acontecem, acontecem. Já estão a decorrer — refiro-me a dimensões, que embora destacadas, acabam por se envolver com intimidade. Não irei referir a inteligência artificial, porque já anda na moina de toda a gente. Não irei mencionar as divisas virtuais, porque todos sonham com a taluda. Não invocarei o blockchain, porque a complexidade atrapalha. E por último e por agora, não irei convocar a computação quântica. A bandeira que vou hastear é basilar — quase simplex. É neandertálica na sua pré-concepção. Tem a ver com a invenção da roda, a máquina a vapor, o motor de combustão interna ou os chips dos processadores das bimbis das lolas que por aí andam. Como diria o Herman — Energia. Energia e mais energia. Electricidade, para ser mais preciso. Volts para ser razoável. E ampères, se quisermos ser extravangantes. Nunca na história da humanidade os sinais foram tão claros, a corrente tão forte. A revolução conceptual que atravessamos, à falta de melhor glossário, exigirá quantidades avassaladoras de electricidade. Os data centers por esse mundo fora, com maior expressão nos E.U.A. ,já estão a ser arquitectados na cercania de centrais geradoras de energia, sejam elas respeitantes a gás natural (vulgo lng) ou a energia nuclear. Necessito de ser mais explícito no que toca a temas de investimento? Ou preferem ver o que o loiro do tal canal anda a impingir? Não sei o que andam a fazer na Europa. A corrida já começou há muito. E tem tudo e nada a ver com tarifas. Quem dominar as faíscas dominará o mundo.

publicado às 18:38

Via Coyote e Cato, fiquei a saber que a filial francesa da Google foi condenada em tribunal (em primeira instância) por, supostamente, ter "abusado da sua posição dominante" ao oferecer, de borla, o serviço de mapas conhecido por Google Maps. A entidade queixosa é uma empresa francesa, uma tal Bottin Cartographes que, pretendendo obter uma contrapartida monetária da disponibilização de um outro serviço de web mapping, se acha vítima de concorrência "desleal"! Esta particular história ainda não acabou (a Google recorreu da sentença) mas a argumentação da autora da acção é já muito velha. Tão velha que já Frédéric Bastiat lhe dedicou expressamente um capítulo no seu elenco de sofismas económicos: uma sátira intitulada A petição dos fabricantes de velas, candelabros, lanternas, etc. Vale a pena lê-la na íntegra mas não resisto a transcrever a seguinte passagem que bem ilustra o ridículo do costumeiro arrazoado argumentadeiro e como tudo sempre acaba por se resumir à tentativa de influenciar o poder do Estado em favor dos "peticionários", dos lobbys, dos grupos de pressão, dos corruptores do poder:
«Sofremos a intolerável concorrência de um rival estrangeiro que beneficia, ao que parece, de condições tão superiores às nossas, para a produção de luz, que dela inunda o nosso mercado nacional a um preço fabulosamente baixo; pois, assim que ele surge, a nossa venda cessa, todos os consumidores se lhe dirigem, e um ramo da indústria francesa, cujas ramificações são inumeráveis, é subitamente atingido pela mais completa estagnação. Este rival, que não é senão o sol, faz-nos uma guerra tão encarniçada, que suspeitamos ser incitado pela pérfida Albion (boa diplomacia nos tempos que correm!), tanto mais que tem por essa ilha orgulhosa uma deferência que se dispensa de ter para connosco.

 

Pedimo-vos pois a gentileza de criardes uma lei que ordene o encerramento de todas as janelas, lucernas, frestas, gelosias, portadas, cortinas, postigos, olhos-de-boi, estores, numa palavra, de todas as aberturas, buracos, fendas e fissuras pelas quais a luz do sol tem o costume de penetrar nas casas, para prejuízo das boas indústrias de que nos orgulhamos de ter dotado o país, que não poderia sem ingratidão abandonar-nos hoje a uma luta tão desigual.»
Já poucos se recordarão, mas foi o que ficou conhecido como "a guerra dos browsers" que quase levou à destruição da Microsoft - e de Bill Gates - durante o segundo mandato da administração Clinton. O "crime" da Microsoft? Atrever-se a oferecer, de borla, o seu browser integrado no sistema operativo Windows quando outros, como a Netscape, pretendiam ganhar dinheiro vendendo o seu próprio browser.

 

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Leitura complementar: France Fines Google: Is Atlas Shrugging?

publicado às 19:29

O mercado a funcionar

por Eduardo F., em 05.10.11

 

Lembram-se da campanha de Nicholas Negroponte, em 2005, que ficou conhecida como One Laptop Per Child para a construção de um portátil a 100 dólares, numa altura em que a indústria "Wintel" não concebia semelhante coisa por menos de 400 dólares? Pois anotem bem: a empresa indiana Developer Datawind está a vender ao governo indiano um tablet (igual ao da fotografia) por ... 45 dólares(*)!!!

__________

(*) - Antes de subsídios...

publicado às 23:58

"The Digital Disruption"

por Samuel de Paiva Pires, em 30.10.10

Aqui fica uma passagem de um excelente artigo, na Foreign Affairs:

 

Those alliances will have to go far beyond government-to-government contacts, to embrace civic society, nonprofit organizations, and the private sector. Democratic states must recognize that their citizens' use of technology may be a more effective vehicle to promote the values of freedom, equality, and human rights globally than government-led initiatives. The hardware and software created by private companies in free markets are proving more useful to citizens abroad than state-sponsored assistance or diplomacy.

publicado às 00:34






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