Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O Samuel resumiu, a meu ver, bastante bem a essência da coisa: de facto, e sem querer maçar-vos, uma coisa, legítima e até benfazeja, é o uso de um slogan ou de uma canção para, simbolicamente, interromper um discurso político. É questionável? Sim, é, mas é legítimo como arma de intervenção política. Não alinho, pois, no coro da direita que critica este tipo de gestos - estou bem longe, longíssimo se quiserem, de me rever nas figurinhas que protagonizaram aqueles cânticos. Outra coisa bem diferente é a banalização deste tipo de gestos que, como é óbvio, acaba por prejudicar grandemente o objectivo subjacente aos mesmos. É que podem estar certos de uma coisa, caros cantautores da treta: terem permitido, com a vossa leniência, que Relvas exercitasse impunemente os seus dotes vocais só provocou, junto dos portugueses, a vossa descredibilização perpétua. Ninguém fica impune quando a verve bonjoviana de Relvas é estupidamente estimulada.