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Saíu dos Conservadores e aderiu ao UKIP, forçando uma eleição intercalar antecipada, um dos principais ideólogos do partido de David Cameron, Douglas Carswell, eleito por Essex, que denunciou a falta de credibilidade das propostas do primeiro - ministro britânico. O partido de Nigel Farage pode vir a ter representação parlamentar antecipada no Reino Unido.
Mas o Movimento Partido da Terra, com Marinho e Pinto, elegeu tantos eurodeputados como o CDS. De resto, para quem, à direita, parece chocado com a eleição de Marinho e Pinto, o mais das vezes por ter uma apreciação negativa da personalidade do ex-bastonário da Ordem dos Advogados, e ainda para os que perguntam quem é o número dois da lista do MPT - que ainda pode vir a ser eleito -, vale a pena lembrar que o número dois da lista da Aliança Portugal é Fernando Ruas (ainda hoje quero acreditar que isto não não pode ser verdade), o número três é uma ilustre desconhecida cujo currículo permite perceber que sabe tanto de assuntos europeus quanto eu de tricot, o número quatro é esse monumento à demagogia que dá pelo nome de Nuno Melo, e o restante, exceptuando Carlos Coelho, José Manuel Fernandes, Mendes Bota e Fernando Costa (a este último aplica-se o mesmo que a Fernando Ruas), são mais uns quantos desconhecidos militantes de terceira ou quarta linha sem quaisquer especiais competências para serem eurodeputados. Isto diz quanto baste da importância que PSD e CDS atribuíram a estas eleições. Não acordem para a realidade, continuem a manter os partidos fechados à sociedade e a promover a mediocridade e pode ser que um dia destes um qualquer Marinho e Pinto mais talentoso que o original consiga provocar por cá o mesmo que o UKIP está a conseguir no Reino Unido. Bem vistas as coisas, quando uma democracia se bloqueia a si própria e os donos do sistema não a deixam regenerar-se e revitalizar-se, na perspectiva destes isso até seria o menor dos males possíveis. É que noutros tempos, cá no burgo, estas coisas resolviam-se com golpes de estado, revoluções e guerras.
Com os resultados das eleições autárquicas do passado dia 3 de maio, em que os resultados lhe sorriram de feição, tenho obtido ganhos impressionantes, o líder do UKIP posicionou-se de forma muito séria para o nº 10 de Downing Street, a ponto de os seus concorrentes conservadores e trabalhistas quererem já excluí-lo dos debates que irão ter lugar. Veja-se aqui os resultados:
Labour 29%, Conservatives 25%, UKIP 23%, the Liberal Democrats 14%.
Análise - Foi o resultado mais baixo dos Conservadores desde 1982 e dos Liberal Democratas desde a sua fundação. Foi também a primeira vez que nenhum dos referidos três partidos alcançou 30% ou mais dos votos.
Se as eleições legislativas tivessem lugar hoje, as projecções apontariam para os seguintes resultados nacionais:
Labour 29%, Conservatives 26%, UKIP 22%, Liberal Democrats 13%.
Com a curta distância que separa os partidos em causa, Nigel Farage tem razões para sorrir. Nunca um partido no Reino Unido cresceu tanto desde a IIª Grande Guerra como o UKIP.
Ou como a história da Europa e do Reino Unido está prestes a mudar.
* Mahatma Gandhi
No decorrer das "by-elections parlamentares" para a circunscrição de Corby, o UKIP - United Kingdom Independence Party, de Nigel Farage, obteve um expressivo 3º lugar, com 14,3% dos votos, naquela que foi a sua maior votação de sempre em eleições no Reino Unido e nas quais se verificou o desaparecimento eleitoral dos Liberal Democrats, que obtiveram apenas 4,9 % dos votos, a par da descida dos conservadores de Cameron, cifrada em 15%. As eleições foram ganhas pelos trabalhistas.
No decorrer da UKIP 2012 Conference o líder do UKIP denunciou os planos para transformar, a curto prazo, a União Europeia num Estado Federal.