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Como é difícil ser liberal em Portugal

por Samuel de Paiva Pires, em 17.07.12

João Távora, Coisas básicas:

 

«Claro que Carlos Abreu Amorim, que em Março de 2009 escreveu isto sobre o caracter o então 1º Ministro, hoje ao defender desta maneira Miguel Relvas aparenta ter perdido a sua já precária noção de ridículo. É o que dá quando a qualidade do político é medida pelo seu grau de narcisismo e facilidade em ditar chavões em voz grossa.»

publicado às 00:08

Alberto João Jardim simplesmente hilariante

por Samuel de Paiva Pires, em 15.07.12

publicado às 23:06

Haja dó

por Samuel de Paiva Pires, em 15.07.12

Duarte Marques diz que Miguel Relvas sempre disse aos militantes da JSD para não seguirem o exemplo dele, para estudarem primeiro e meterem-se na política depois. A sério? Mas Relvas nem chegou a estudar! Ah e diz também que a culpa é da lei de Mariano Gago. A lei está mal feita, é certo - a meu ver nem devia existir. Mas Relvas aproveitou-a. Poderia não o ter feito. O que continua a acrescer ao chico-espertismo da personagem. Se realmente norteasse a sua vida pela busca do conhecimento, fazia um curso a sério. A seguir só falta dizerem que Relvas é uma vítima do governo PS que fez a lei.

publicado às 20:24

Nortear a vida pela busca do conhecimento

por Samuel de Paiva Pires, em 13.07.12

A afirmação de Miguel Relvas recordou-me uma opção minha. Quando terminei a licenciatura pré-Bolonha em Relações Internacionais (4 anos) em 2009, o ISCSP, ao abrigo da Bolonhesa, e dado que a licenciatura passou a ser de 3 anos, decidiu que quem tivesse licenciaturas de 4 anos poderia requerer equivalência ao 1.º ano de mestrado na mesma área/curso, fazendo apenas o segundo ano, ou seja, um semestre de aulas e outro para a elaboração da dissertação. Eu preferi fazer um mestrado de Bolonha em Ciência Política, o que levou cerca de 2 anos, pagando mais 1 ano de propinas do que se optasse pelas equivalências no mestrado em Relações Internacionais. Porquê? Porque tive no 1.º ano de mestrado várias cadeiras interessantíssimas, no âmbito das quais aprendi muito mais do que se escolhesse a opção das equivalências. 

 

Deixando de lado o "permanente", que Miguel Relvas proferiu no sítio errado, é preciso ter muita cara de pau para afirmar que norteia a sua vida pela busca do conhecimento. Como escreve Pedro Santos Guerreiro, «um ministro com "passe vite" universitário devia ter um bocadinho mais de noção de si mesmo em vez de orgulhar-se de "[nortear a sua] vida pela simplicidade de procura de conhecimento permanente". Haja dó.»

publicado às 15:48

Numa democracia onde imperasse o estado de direito, a Universidade Lusófona já há muito que estaria sob investigação, se não tivesse já sido fechada. Não só pelo caso Miguel Relvas, mas também. Enquanto este diz que está de consciência tranquila por tudo ter sido feito dentro da legalidade (rejeitando, como é da Relvas School of Political Science, aquele ensinamento básico que nos diz que nem tudo o que é legal é legítimo), os últimos desenvolvimentos parecem indicar o contrário, o que não surpreenderá quem tiver assistido às recentes intervenções públicas de Manuel Damásio, verdadeiramente lamentáveis - e a quem nos permitimos a ousadia de recomendar a leitura de "The Idea of a University", de Michael Oakeshott. 

 

Entretanto o Correio da Manhã enveredou pelo jornalismo de sarjeta, que o Pedro já muito bem repudiou. Verdadeiramente lamentável.

publicado às 10:25

Há que mudar algo para que tudo fique na mesma

por Pedro Quartin Graça, em 12.07.12

Professor de Relvas demite-se, titula a revista Sábado online.

 

É dos livros que uma cabeça "role" nestas circunstâncias para que a "normalidade" regresse. Assim aconteceu uma vez mais. Fernando Santos Neves, o professor da Lusófona que concedeu a Miguel Relvas 160 dos 180 créditos de que precisava para obter a licenciatura em Ciência Política, demitiu-se do cargo de reitor da Universidade no Porto, avançou a revista "Sábado" no seu site. Segundo a referida revista, Santos Neves já terá sido substituído por Isabel Lança, catedrática da área da Comunicação Social. Santos Neves era em 2006 director de Departamento de Ciência Política e Relações Internacionais da Lusófona de Lisboa, além de reitor da instituição. Relvas completou a licenciatura num ano, obtendo-a no final de 2007. Relvas só teve de completar quatro cadeiras - as restantes foram-lhe atribuídas por valorização do seu currículo profissional e político - e foi na que lhe lecionou Santos Neves, Introdução ao Pensamento Contemporâneo, que obteve a nota mais alta: 18 valores.

publicado às 14:09

Apanhada no Facebook:

 

 

publicado às 21:16

Um país governado por provincianos mentais

por Samuel de Paiva Pires, em 08.07.12

Alberto Gonçalves, Doutores e engenheiros:

 

«Para chegar a José Sócrates, a Miguel Relvas apenas falta fingir que pratica jogging e estuda em Paris. No resto, as semelhanças arrepiam um céptico. O dr. Relvas manda no Governo. O dr. Relvas cuida das clientelas do principal partido do Governo. O dr. Relvas emite propaganda reformista enquanto manobra para que reforma alguma seja realizada. O dr. Relvas coloca frequentemente jornalistas na ordem e vale-se da honrada ERC e da apatia geral para escapar impune. O dr. Relvas vê o seu óptimo nome chamado a casos no mínimo pouco edificantes e no máximo criminosos. E o dr. Relvas dá-nos razões de sobra para acrescentarmos o título antes do nome por pura ironia.

 

À semelhança do eng. (se soubessem o gozo que esta abreviatura me dá) Sócrates, o dr. (idem) Relvas parece igualmente ter adquirido a licenciatura num vão de escada, ou pelo menos no topo de uma escada sem muitos degraus. Os pormenores do primeiro caso, incluindo o fax ao domingo, são já lendários. Os pormenores do segundo, agora divulgado, preparam-se para ingressar na lenda.

 

De acordo com a imprensa, o dr. Relvas frequentou, em 1984 e na prestigiada Universidade Livre, os cursos de História, de que concluiu uma disciplina (com dez valores), e de Direito, de que não concluiu nenhuma. Onze anos depois, inscreveu-se no curso de Relações Internacionais na Universidade Lusíada, sem sequer ter frequentado qualquer cadeira. Em 2006/2007, mudou-se para a Universidade Lusófona, que após uma aturada análise do percurso académico do dr. Relvas concedeu-lhe a equivalência num número indeterminado de disciplinas e a possibilidade de terminar o curso de Ciência Política e Relações Internacionais numa singela temporada. O dr. Relvas aproveitou a deixa, fez quatro disciplinas e, um belo dia de 2007, apareceu licenciado.

 

Espero ser redundante acrescentar que, por si, um diploma significa pouquinho. Só há duas atitudes mais saloias do que atribuir exagerada importância ao curso que se obteve legitimamente: pretender que se obteve um curso e "tirá-lo", visto que "tirar" é o termo, de forma ilegítima. Pelos vistos, o dr. Relvas escolheu a última hipótese, no que já começa a configurar uma tradição da nossa classe política e uma prova do respectivo, e ilimitado, provincianismo.

 

E se os provincianos com poder têm a desvantagem de atrasar uma sociedade, também têm a virtude de a transformar num divertimento para quem se dá ao luxo de contemplá-la à distância. Como o eng. Sócrates, o dr. Relvas diverte, quase tanto quanto o espectáculo dado pelos que se indignavam com a peculiar licenciatura do eng. Sócrates para hoje defenderem o direito do dr. Relvas à falcatrua e, em contrapartida, pelos que afiançavam a lisura curricular do eng. Sócrates para hoje exigirem a cabeça (simbólica, salvo seja) do dr. Relvas. É verdade que a direcção do PS preferiu o silêncio, à imagem da actual direcção do PSD aquando do "debate" sobre o "inglês técnico" do eng. Sócrates. Mas não se veja dignidade onde só existem interesses, privilégios e trapaças comuns. Estão bem uns para os outros, o "engenheiro", o "doutor", os séquitos de ambos, o ensino "superior" especializado em favores e, na medida em que toda a paródia resultará em nada, o país assim parodiado.»

publicado às 15:02

Até logo

por Samuel de Paiva Pires, em 03.07.12

Vou ali à Lusófona entregar o meu CV. Deve dar tranquilamente para uma licenciatura em Comunicação Social, outra em Informática e ainda uma segunda em Relações Internacionais. 

publicado às 18:21






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