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Esta lista é interessante, tem origem numa lista d' O Insurgente, mas reparei agora que nesta consta um Observatório do centro de pensamento de política internacional (n.º 57). Ou muito me engano, ou tratar-se-á de um núcleo de estudantes que existiu em tempos no ISCSP - já agora, era Observatório - Centro de Pensamento de Política Internacional, não um Observatório do respectivo centro. E eu sei isto porque fui o seu último presidente, tendo tomado a iniciativa de propor a sua extinção à Assembleia Geral, no ano lectivo de 2006/2007. Posso estar enganado, mas não encontro qualquer outra referência com este nome, pelo que talvez fosse bom começarem a ter algum cuidado com a elaboração destas listas, sob pena de existirem mais casos como este.
«O reitor alerta para o perigo futuro que representa a "incapacidade de recrutar novos professores", indicando que a média de idade dos docentes na UTL é de cerca de 50 anos.
Isso significa que, além de crescer o fosso etário entre alunos e professores, quando esta geração se reformar não haverá quem a substituta.
"É terrível", lamentou o reitor, frisando que não se "passa escola", ou seja, não há hipótese de "formar os novos docentes com os mais antigos" porque com as universidades manietadas com a falta de dinheiro, "não há oportunidades para a gente mais nova" e, além disso, "os melhores saem para o estrangeiro".»
Sobre isto: um agente do corpo de segurança do PM não pode ser filmado, pelo que terá legitimidade para agredir um jornalista que o filma enquanto de forma despropositada tenta calar um estudante que gritou qualquer coisa contra o PM. Pelo meio, graças a Deus que temos a polícia a zelar pela definição de ofensa.
Dado que o PM é constantemente filmado, importa salientar o óbvio: o corpo de segurança também é. E uma sociedade e um governo que não sabem lidar com críticas, mesmo que ofensivas, são meio caminho andado para um regime autoritário. Mas qualquer semelhança com um regime do género é pura coincidência. Só gostava de ver os intervenientes e comentadores em termos de cores partidárias trocados, para testar a verticalidade de certas colunas.
Consequências como a fusão com o ICS mandar para o desemprego largas dezenas de medíocres e amigalhaços, em particular ex-assessores e afins dos governos socráticos, e revitalizar as cada vez mais descuradas áreas tradicionais do ISCSP, Relações Internacionais e Ciência Política? Venham elas.
Cheguei há umas duas horas a casa, depois de um cansativo mas muito bem passado dia de provas para os prémios aos melhores estudantes da UTL 2011, atribuídos em parceria com o banco Santander. Hoje foi dia de comunhão com a tribo da minha alma mater. Há dias assim, em que crescemos por dentro e aprendemos mais um pouco a olhar para cima e para a frente, em que ficamos um pouco mais reconfortados ao sabermos que não estamos sós nessa busca incessante pelo conhecimento. E em véspera de eleição de novo reitor até relembrámos o recentemente falecido Reitor Râmoa Ribeiro, cuja humanidade ascendeu prematuramente à fonte da essência, deixando saudades em toda a comunidade académica. Hoje foi dia de, no fim, voltar ao início, quando há 6 anos entrei na Universidade Técnica de Lisboa, aumentando em mim aquela chama que é a ideia de escola, que é propriedade de todos nós e de ninguém em particular.
A quem puder e quiser comparecer, aqui fica o convite para a cerimónia de entrega dos prémios, que terá lugar no ISCSP, pelas 16h00 da próxima quarta-feira dia 7 de Dezembro.
No dia 18 de Julho de 2011, pelas 15h, na sala 6 do piso -1 do ISCSP, irá ocorrer a defesa pública da minha dissertação de mestrado subordinada à temática "Do conceito de Liberdade em Friedrich A. Hayek". O júri será composto pelo Professor Doutor José Adelino Maltez (ISCSP), Professor Doutor Manuel Meirinho (ISCSP), Professor Doutor João Ricardo Catarino (ISCSP) e Professor Doutor André Azevedo Alves (Universidade de Aveiro).
Bem-vindos sejam todos os que desejem assistir. O evento está também no Facebook.
Daquele post, aqui fica a maior parte do discurso que hoje proferi a convite do Senhor Reitor da Universidade Técnica de Lisboa, na cerimónia de entrega das Bolsas por Mérito:
Mas hoje estamos aqui por um motivo objectivo: o nosso mérito. Estamos aqui porque no ano lectivo de 2007/2008, fomos os melhores estudantes de cada uma das faculdades que compõem a Universidade Técnica de Lisboa. Merecemos esta recompensa pelo esforço que desenvolvemos, porque cumpre um nobre ideal meritocrático, prosseguindo na senda do que deve ser um ensino superior de qualidade e elitista. Elitista não no sentido de ser apenas para os que têm maiores possibilidades financeiras, muito pelo contrário. Deve sim, ser elitista no sentido de criar uma elite culta, informada, estudiosa, que se dedique à academia, pelo menos durante uma pequena parte da sua vida.
A questão é que o ensino superior tem vindo a tornar-se, de certa forma, elitista no mau sentido, tornando-se cada vez mais plutocrático, quando deveria ser aristocrático. Relembro que em grego, aristos significa “os melhores”, e são esses que o ensino superior deve premiar e recompensar, obviamente em equilíbrio com o paradigma da igualdade nas oportunidades de acesso ao ensino superior. Porque todos devem também ter acesso ao ensino superior. Mas não se pode continuar a nivelar por baixo. Os aristos têm de ser melhor aproveitados pelas universidades e pelo país, quando se verifica uma crescente generalização da falta de exigência e quando muitos dos quadros mais qualificados acabam por emigrar. E para tal têm que ser criados mecanismos que permitam esse aproveitamento, por exemplo através de sistemas de tutoria e monitoria, incentivando a investigação e através de recompensas como a que hoje recebemos, levando os melhores a envolver-se ainda mais na vida da academia, cumprindo e contribuindo para os objectivos da Universidade, que em primeira instância devem ser a educação rigorosa, a investigação, a criação de saber novo, e a preparação de indivíduos que a continuem no mesmo nível, como há dias escrevia um professor do ISCSP num conhecido jornal.
A educação é a base do desenvolvimento e progresso de uma sociedade, dum país, duma nação. Já Sir Karl Popper ensinava que um dos objectivos primeiros de uma sociedade aberta, livre e democrática, é melhorar o nível da educação. Foi sempre este o objectivo principal da Universidade, e foi assim que assistimos ao longo dos séculos a magníficas evoluções tecnológicas, a um melhor conhecimento da realidade que nos rodeia, em última análise provendo e aumentando a qualidade de vida das populações.
Arquitectos, Engenheiros, Veterinários, Doutores, Economistas, Gestores, Professores, enfim, todos os que aqui se encontram, têm o dever de restituir à sociedade e ao país aquilo de que beneficiam e que também ajudam a criar e inovar: o conhecimento. Num momento em que muito se fala da crise internacional, convém lembrar a crise que já grassava em Portugal antes desta. Para que possamos sair de ambas as crises com sucesso, é necessário que aqueles que são os melhores nas suas áreas de formação contribuam activamente para a edificação de um país mais próspero. São estes que têm o dever de evitar que Portugal se torne plenamente um “estado exíguo”, na expressão cunhada pelo Professor Adriano Moreira, um dos maiores vultos do país e da nossa Universidade.
Neste sentido, a Universidade Técnica de Lisboa tem prestado um inestimável contributo com o seu saber e sentido de serviço público, tendo ao longo dos anos formado muitos dos que foram o passado, são o presente, e serão o futuro do país. E este é o ensinamento mais precioso que levo destes anos e do espírito de escola que me foi incutido. É isso que, para terminar esta intervenção, gostava de aqui partilhar convosco. Não devemos confundir serviço público com funcionalismo público. Muitas empresas, entidades privadas e ONG’s prestam um inestimável serviço público ao país. E é esse espírito que deve perpassar as nossas acções no futuro. Dar à sociedade o privilégio de que usufruímos ao contactar de perto com o conhecimento. Servir o país, para que possamos criar melhores condições de vida para todos.
Muito Obrigado