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Gostaria de saber se a estupidez é um exclusivo de universitários broncos? Sim, existe relação entre o mar e a terra. Existe uma ligação entre o que aconteceu no Meco e o que aconteceu junto ao novo muro de lamentações, perdão... "peça de mobiliário urbano" - chama-se atraso mental. Resta-nos aguardar por mais idiotices de proto-doutores. Uma nova praxe da morte que seja realmente original. Em Braga já se serviram do Parkour para demonstrar o seu grau de inteligência. A justiça portuguesa, que deixa tudo a meio, ou solta os bandidos, de nada serve nestes casos. Nunca chega ao fim de nada. Eterniza a ideia de impunidade. Não fecha capítulos de livros intermináveis. Agora sei para que fizeram o 25 de Abril. Para dar largas à imaginação destrutiva de alguns cidadãos. Para permitir que algumas batatas podres ponham em causa os fundamentos de um país inteiro. O futuro está bem entregue a estes filhos da nação.
E que tal se deixassem os estudantes em paz? Eu pelo menos falo por mim que acho essas coisas de apoio, auto-ajuda e por vezes até de acompanhamento psicológico um bocado síndrome de gente mimada, com pouca coisa com que se preocupar ou com muito dinheiro para gastar nessas patetices.
Mas adiante, mais importante do que isso, acho que num espectro nacional e indo de encontro a um dos comentários à notícia acima no site do Público, que tal criar um CD-Rom para ensinar muitos dos professores universitários do país a dar aulas decentes e úteis, a ter critérios de avaliação e correcção coerentes e a serem realmente académicos, no verdadeiro sentido da palavra?
Subscrevo grande parte do que Manuel Caldeira Cabral aqui escreve, especialmente algo que eu já desde há algum tempo a esta parte venho dizendo, que o ensino superior em Portugal é uma continuação do ensino secundário para a esmagadora maioria dos jovens. Infelizmente.
Só por duas vezes na minha vida senti que estava realmente numa universidade, daquele género de sensação que se tem ao ver os filmes norte-americanos em que os jovens abandonam a casa dos pais para se tornarem independentes pela primeira vez, com bolsas de estudo, part-times, repúblicas, apartamentos partilhados e quartos alugados, as festas claro, bibliotecas e investigação, muita investigação como gosto pelo saber e conhecimento, que é o que nos vai faltando cada vez mais.
A primeira vez foi quando entrei para o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e ali não conhecia ninguém, sentimento que se desvaneceu rapidamente numa faculdade que mais parece uma aldeia, em todos os sentidos, positivos e negativos, de resto, como o próprio país. A segunda vez foi aquando da realização do intercâmbio que me levou durante um semestre para a Universidade de Brasília, a melhor universidade de Relações Internacionais da América Latina, composta por brasileiros das mais diversas regiões e latino-americanos dos vários países circundantes, onde a investigação e criatividade perpassa toda o vector da educação e das aulas.
De resto, cá continuamos no prolongamento do secundário cada vez mais secundarizado e estandardizado com a lógica da bolonhesa.