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A 8 de Fevereiro de 2008 rumava Bratislava.
Decidido a mudar de vida, mudar de ares e pelos amores.
Um ano...
Um ano que começou bem, que a meio se revelou ser o pior da minha vida, mas que de novo em boas graças findou.
Agora por Varsóvia. Ansioso por saber o que o futuro (me) nos reserva.
Que venha o próximo 8/Fev.
Ai como é bom assim acordar,
com a neve na janela e a magia no ar...
Sábado, 22 de Novembro de 2008
Com esta data no calendário, já há alguns dias aconchegado por luvas e cachecol - algo que em Portugal nunca fizera - eis que o amanhecer é assim. Suave. Calmo. Branco.
O Outono já nos deixou por estas bandas. Os próximos três meses serão frios - e Varsóvia vai transformar-se num enorme lamaçal.
Resta-me aguardar o Verão.
À semelhança de Portugal, coexistem na capital dezenas de universidades, politécnicos, escolas superiores tanto públicas como privadas.
A principal instituição de Ensino Superior na capital polaca - Universidade de Varsóvia - fundada em 1816, conta com quase 57.000 estudantes (Universidade de Lisboa - 1911, 20.000 estudantes; UTL - 1930, 24.000 estudantes), inaugurou em 1999 um novo edifício para a sua biblioteca.
Esta, conta no seu espólio com cerca de 6 milhões de obras únicas, sendo que metade destas se encontra no edifício principal e o restante dividido pelas restantes bibliotecas das faculdades.
O edifício principal, inaugurado em 1999, tem um volume de 260.000 m3, ocupando uma área de cerca 64.000 m2.
No entanto, a parte mais fascinante, para mim, não ó espólio nem o seu enorme tamanho.
É sim, o seu quarto piso- um lindissimo jardim. Um jardim no topo do edifício. De acesso livre. Vistas lindas sobre o Vístula. 1,5 hectares de pura reflexão...
Só é pena o dia chuvoso, mas fica aqui um 'cheirinho' de um dos segredos que não se encontra num guia de viagens.
O Palácio de Wilanów é um dos mais preciosos monumentos da cultura polaca.
Tendo sido construído como residência de Verão do rei polaco Jan III Sobieski [ libertador de Viena, aquando do Cerco Otomano em 1683] no final do século XVII, sobreviveu praticamente intacto às três partições da Polónia (1772, 1793, 1795) e a todas as guerras desde a sua fundação. Escapou à devastação da Segunda Conflagração Mundial apenas por estar localizado fora do centro de Varsóvia (à altura, fora da capital).
A sua arquitectura é peculiar - alia o barroco europeu à então condicionante polaca e foi ampliado pelos seus sucessivos proprietários (a monarquia polaca era Constitucional e Eleitoral).
Pessoalmente, faz-me lembrar o Palácio de Seteais.
Esta tarde, num passeio a pé pelo maior parque aqui ao pé de casa (27 hectares, palco de parte do massacre de Wola) o cheiro a Outono já se fez sentir.
Os pilriteiros tornam-se vermelhos, os carvalhos perdem as suas folhas.
Depois de um Verão com muitos sobressaltos, espera-se que o Outono traga boas novas.
A saga da busca pelo trabalho perdido continua...