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Vietnamitas e tailandeses, estão em Portugal aos milhares. Quem deu por eles? Em Lisboa e nas principais cidades, ninguém. Nos campos, sim, estão um pouco por todo o lado. Não fazem exigências absurdas e despropositadas, não se "ofendem" com ninharias, são gratos a quem os acolhe, os seus locais de culto não pontilham a paisagem, ninguém os teme. São laboriosos, discretos e modestos. Pois mesmo assim, pagarão muito caro por todas essas virtudes.
Pelo que se diz, o sr. Costa pretende substituí-los por outros*.
Resta-nos saber que tipo de pressão o governo português exercerá sobre as empresas hortícolas e frutícolas para obrigar o patronato a recambiar para o sudeste asiático aqueles trabalhadores que aqui chegaram de uma forma tão discreta quanto eficaz. Os empresários que se ponham em guarda e ajam em conformidade com os seus interesses corporativos. Por caminhos ínvios, garantirão assim a segurança nacional.
Os tailandeses são um povo pacífico, orgulhoso da sua quase ininterrupta independência histórica e para cúmulo, quase ombreiam a Inglaterra como um dos nossos mais antigos aliados. Aliás, a seguir aos ingleses, são o país com quem Portugal mantém a mais antiga aliança formal que já data de cinco séculos.
Os vietnamitas são aqueles que a esquerda, exultante há quarenta anos pela fragorosa derrota que impuseram à superpotência dominante, aclamou como povo heróico. E são, há que reconhecê-lo.
Pelos vistos algo mudou e o desesperadamente arrogante sr. Costa recorre ao mais baixo dos artifícios para levar avante a sua política. Nem sequer dá conta dos conflitos diplomáticos que poderá provocar. Conflitos diplomáticos? Sim, não apenas com a Tailândia e com o Vietname, mas com uma grande potência do mesmo âmbito geográfico. Com cada vez maiores interesses económicos - logo, políticos - no nosso país é certo que não estará interessada em ver mais um Estado europeu vitimado por sobejamente reconhecidos trouble makers.
Se fosse embaixador do Reino da Tailândia ou da República do Vietname, informaria o meu governo e de imediato exigiria explicações e um recuo formal ao Palácio das Necessidades, pois o racismo também é isto: afastam-se pessoas devido à sua origem e incapacidade de directamente retaliar.
* A pedido de Bruxelas, Passos faria precisamente o mesmo.
O mar é actualmente o maior ponto de conflito territorial no Planeta Terra. Neste, o Mar (do Sul) da China é o palco do maior dos confrontos entre Estados soberanos actualmente existente.
O Japão reivindica a soberania sobre as ilhas Etorofu, Kunashiri e Shikotan, e sobre as ilhas Habomai, conhecidas no Japão como "Territórios do Norte" e, na Rússia, como "Ilhas Kurilas do Sul", ocupadas pela União Soviética em 1945 e administradas actualmente pela Rússia.
"Nenhum presidente russo irá entregar nem que seja uma ilha do Arquipélago das Kurilas ao Japão", afirmou recentemente uma fonte altamente colocada do Kremlin. Segundo a mesma fonte, a viagem que o Presidente russo Dmitri Medvedev efectuou às Curilas em 2010 teve um “efeito terapêutico” sobre as autoridades nipónicas.
O Japão e a Coreia do Sul disputam ainda as rochas Liancourt (Takeshima/Dokdo) ocupadas pela Coreia do Sul desde 1954; a República Popular da China, Taiwan e Japão disputam também as ilhas inabitadas de Senkaku-shoto (Diaoyu Tai) e o Japão declarou mesmo como sua zona económica exclusiva o Mar da China Oriental.
A República Popular da China, a República da China (também conhecida como Taiwan, Taipé ou Formosa) e o Vietname reivindicam a totalidade da área do Mar do Sul da China, ao passo que as Filipinas, a Malásia e o Brunei reivindicam algumas zonas. Ou seja, são nada menos do que oito os países em litígio territorial relativamente, quer a territórios terrestres, quer a águas marítimas.
Entretanto, e de acordo com as últimas notícias, o governo metropolitano de Tokyo poderá adquirir as ilhas Senkaku, de propriedade privada e fonte de conflitos com a China, revelou o governador Shintaro Ishihara. Segundo este, sua administração está a negociar a administração das ilhas para protegê-las da China, informou a NHK.
O governador responsabilizou o governo central de não tomar nenhuma providência sobre o assunto, que na sua opinião, não compra as ilhas Senkaku por temor de perturbar a China. Esta falta de acção obriga Tóquio a actuar, disse. No entanto, o ministro porta-voz, Osamu Fujimura, manifestou que, se necessário, o governo poderia comprar as ilhas situadas no Mar da China Oriental, relativamente às quais decorre uma petição pública destinada a angariar verbas para o efeito e que, no momento, ascende já à astronómica quantia de...1 milhão de dólares(!)
Por sua parte, o governo chinês através de um porta-voz reafirmou a soberania de seu país sobre o território em disputa e ressaltou que qualquer iniciativa unilateral por parte do Japão é inválida e ilegal.
Quatro das cinco ilhas pertencem a cidadãos japoneses. A cidade Okinawana de Ishigaki exerce controle administrativo sobre elas cujo arrendamento é pago pelo governo central nipónico. Em setembro de 2010, um barco pesqueiro chinês colidiu com barcos de patrulha japoneses ao redor das ilhas e o incidente provocou um dos maiores conflitos diplomáticos dos últimos anos entre ambos os países.
Na área das ilhas existem depósitos de gás natural que a China pretende desenvolver. Tóquio também argumenta que a fronteira marítima entre os dois estados separa claramente esses territórios, e que as áreas ricas em gás pertencem ao Japão. “É um facto óbvio, tanto do ponto de vista histórico como segundo a lei internacional”, - disse o ministro das Relações Exteriores do Japão.
As pequenas ou micro ilhas irão continuar a ser os maiores focos de conflito territorial entre Estados à escala mundial nos próximos anos. De entre estas, as águas do Mar do Sul da China prometem assumir-se como as mais escaldantes do planeta e continuar a aquecer.