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O título deste post deveria ser: "E não há nada que Vitor Constâncio possa fazer". E porque não há-de ser esse o título? É esse o cabeçalho. Sim, senhor. Acabo de concordar que será esse o lead do artigo. Está decidido. Quem julga que é António Costa? Acho muito bem que a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) avançem com uma auditoria à Caixa Geral de Depósitos. Se eu emprestasse dinheiro a alguém também gostaria de saber com quem conto. Se tem a casa em ordem. Se é bêbedo. Se é esbanjador. Se vai ao casino jogar às máquinas. Se anda fugido ao fisco. Pois. De nada serve ter um socialista como número 2 do BCE. Por mais voltas que o Partido Socialista, o Partido Comunista Português ou o Bloco de Esquerda dêem, a condição de banco público não serve de nada. Bem pelo contrário. Um banco público é quase sempre um monstro que pertence a todos e não pertence a ninguém. Deixa-se perder na bruma da irresponsabilidade e da entidade abstracta que o Estado é especialmente talentoso em promover, defender. E não há nada que Vitor Constâncio possa fazer.

publicado às 09:53

Portugal e os doentes da memória

por John Wolf, em 25.03.15

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Portugal tem das taxas de incidência de Alzheimer mais altas do mundo. Zeinal Bava, Ricardo Salgado, Vitor Constâncio, Ferro Rodrigues, José Sócrates, Carlos Cruz, Cavaco Silva, entre outros memoráveis, sofrem, com maior maior ou menor intensidade, desta terrível doença. O que podemos fazer? Administrar choques eléctricos? Fazer uso do polígrafo? Portugal arrisca-se a cair num enorme buraco de esquecimento se permitirmos o avanço desta praga. Proponho medidas de combate ao flagelo, mas não me recordo quais serão as mais eficazes. Criar uma Autoridade da Memória e Esquecimento (AME)? Um organismo vivo que circula pelo corpo e que identifica as petas antes que se transformem em mentiras? O que vale é que para a soma de tudo que não se recorda, haverá alguém que se lembra.

publicado às 09:23

As bombas do Banco Central Europeu

por John Wolf, em 18.09.14

Quando a economia real falha, os economistas são os primeiros bombeiros a ser chamados. Na realidade, é como pedir ao incendiário para apagar o fogo. Há qualquer coisa que falha nesta abordagem. Há algo cognitivamente deficiente nesta receita, na terapêutica. O Banco Central Europeu (BCE) embarca hoje num longo comboio de ficção monetária. Como a dívida dos Estados da Zona Euro está aos níveis que se conhece, e a deflação é a nota dominante, os banqueiros centrais ajuizam e decidem a injecção maciça de dinheiro, através de meios mais ou menos convencionais. Ou seja, quando os políticos falham, o ónus da recuperação económica é transferido para a orla financeira. Contudo, as operações em causa terão impacto diminuto na economia real. Não existe uma relação linear entre Long Term Refinancing Operations (LTRO´s) e a geração de emprego, a título de exemplo. As medidas têm mais impacto nas contas a apresentar, nos balancetes, e, desse modo, estão mais em sintonia com as exigências orçamentais dos Estados-membros relativamente aos seus níveis de dívida e deficit orçamental a cumprir.  É neste desfasamento entre o que se decide a montante e o que acontece a jusante, onde reside o cidadão comum. Mas existem alternativas? A resposta não é fácil. Apenas sei que se todos o fizerem em simultâneo, o processo não produz os resultados esperados. A Reserva Federal dos EUA, embora tenha anunciado uma certa intenção de abrandamento dos estímulos à economia, em abono da verdade, a torneira não vai ser fechada assim tão cedo. Na corrida ao fundo da desvalorização das divisas, veremos quem consegue mais celeremente realizá-la: se a Reserva Federal leva a melhor ou o BCE é obrigado a ir ainda mais longe do que a compra directa de títulos de tesouro na Zona Euro. Nem sequer trago à baila outras considerações como a libra esterlina, ou para idêntico propósito, as atribulações provocadas pelo referendo na Escócia. Daqui por alguns anos, Vitor Constâncio (quando regressar a Portugal) será mais um a declarar que não sabia de nada. Que não decidia. Que era Draghi que pensava tudo. Que era o presidente do BCE que mandava.

 

(fotografia Martin Leissl/Bloomberg)

publicado às 09:05

Sobre a nacionalização no BPN

por Samuel de Paiva Pires, em 03.11.08

Não tenho grande coisa a dizer. Apenas resalvo que, infelizmente, mais uma vez se prova o que venho a dizer e escrever há muito, o mercado e a mão invisível funcionam na perfeição em teoria, porque na prática têm a intervenção de seres humanos, imperfeitos por natureza.

 

Já agora, parece que esta situação de gestão danosa já se vinha arrastando de algum tempo a esta parte, indiciando que a crise financeira internacional não terá relação directa com este fenómeno. Se assim é, mais uma vez se pergunta, para que serve o Banco de Portugal e o cargo ocupado pelo Dr. Constâncio? Depois do escândalo no BCP, aparece mais uma vez demasiado tarde e com demasiada inércia, depois de alguém se ter tornado milionário à conta da gestão danosa. Num país sério alguém como o Dr. Constâncio teria vergonha na cara e demitia-se.

publicado às 22:44






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