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Ainda o filme protagonizado por Zizek

por Samuel de Paiva Pires, em 06.11.13

No seguimento deste post, permitam-me salientar mais um exemplo de outro erro crasso de Zizek. Afirma o dito filósofo que os nazis eram tradicionalistas, que a sua revolução visava restaurar uma ordem tradicional. Limito-me a citar Leo Strauss, em "German Nihilism", onde, a dada altura, evidencia que no pós I Guerra Mundial existia um confronto entre os jovens alemães niilistas, muitos dos quais viriam a ser Nazis, e os progressistas, que, paradoxalmente, defendiam os ideais da civilização moderna: 

 

"Thus it came to pass that the most ardent upholders of the principle of progress, of an essentially aggressive principle, were compelled to take a defensive stand; and, in the realm of the mind, taking a defensive stand looks like admitting defeat. The ideas of modem civilisation appeared to the young generation to be the old ideas; thus the adherents of the ideal of progress were in the awkward position that they had to resist, in the manner of conservateurs, what in the meantime has been called the wave of the future. They made the impression of being loaded with the heavy burden of a tradition hoary with age and somewhat dusty, whereas the young nihilists, not hampered by any tradition, had complete freedom of movement - and in the wars of the mind no less than in real wars, freedom of action spells victory."

 

De resto, recomenda-se fortemente, a Zizek e aos que, como ele, pensam que os Nazis eram tradicionalistas, a leitura do artigo na íntegra.

publicado às 21:35

The Pervert's Guide to Ideology

por Samuel de Paiva Pires, em 03.11.13

 

Alguns apontamentos interessantes, outros altamente discutíveis e demasiadas interpretações abusivas que Zizek tenta passar como verdades alicerçadas na psicanálise de Jacques Lacan compõem The Pervert's Guide to Ideology, um filme que irá provavelmente ser um sucesso de bilheteira num Ocidente cada vez mais à deriva e em que a larga maioria dos espectadores provavelmente não terá recursos intelectuais para o desmontar e criticar, especialmente quanto a erros de palmatória (por exemplo, Zizek afirma que Kant defende a ideia de nobre mentira de Platão, quando, na verdade,  Kant é um dos poucos grandes filósofos a ter defendido que mentir é sempre moralmente errado, estando na companhia apenas de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino). Mais uma lança avançada do marxismo cultural contra o capitalismo, mas que acaba numa mão cheia de nada em que aquilo que me parece mais importante reter, especialmente em resultado do óbvio viés ideológico e de várias deficiências intelectuais de Zizek, é que este alegado filósofo é extremamente sobrevalorizado. Que seja um dos mais reputados intelectuais mundiais diz muito da degenerescência intelectual do Ocidente.

publicado às 14:06






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