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O governo de António Costa foi encostado ao canto por duas centenas de taxistas. Os socialistas acabam de minar mais um dos pilares da Democracia - o conceito de ordem pública. Ao ceder à chantagem da força bruta de uma classe profissional, Costa abre uma brecha grave na dimensão securitária de um país. Nunca um governo deve ceder a pressões desta natureza. Amanhã teremos os produtores de leite a derramar o seu protesto numa outra estação de serviço da economia nacional. Mas entendo o lirismo revolucionário do governo. A Esquerda, que é apologista da intervenção anárquica, nunca poderia condenar a acção daqueles que se inspiram nos seus métodos. Os portugueses ficam a saber como se marca uma reunião com o governo. A forma civilizada da tal concertação social é algo que pelos vistos não existe. Em vez de sancionar os prevaricadores, António Costa entrega um prémio àqueles que certamente perturbaram a vida de tantos outros que também enfrentam concorrência desleal ou nem por isso. É caso para começarem a questionar a capacidade deste executivo para manter a ordem na via pública. Vergonhoso.