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Queiram-me desculpar por bater na mesma tecla, mas é o futuro deste país que está em causa e não nos podemos deixar levar por balelas demagógica-eleitoralistas. Por outras palavras; António Costa sofre de Tsprite - a patologia das promessas que não podem ser cumpridas. O lider do Ministério do Socialismo deveria sintonizar a sua telefonia e escutar o que se passa no tira-teimas que opõe a Grécia à Alemanha. Dia 11 de Maio é quando elas apertam e Tsipras terá de voltar atrás na palavra dada aos gregos de um modo tão leviano. Ou seja, o financiamento da bancarrota da Grécia depende da implementação de reformas naquele país. Mais nada. Acabou a conversa. Ora se o contador de histórias do largo do Rato for eleito CEO de Portugal, será confrontado com o falso dilema que aflige os gregos. Já repeti vezes sem conta que não convém nada mentir aos eleitores - eles ficam raivosos e por diversas legislaturas. A não ser que Costa seja o Che Guevara da Europa. O inspirador de marginais que queimam todas as regras que definem a ordem da União Europeia. Nesse caso falamos de uma revolução, coisa que os socialistas dizem ter inventado e, em consequência de tal estado de arte, são detentores dos inalienáveis direitos de autor. Aquela conversa "de quem é a culpa e das reparações de guerra" serviu apenas para consumo propagandista interno da Grécia - as reformas não tardam nada. Não sei que lenga-lenga podem os socialistas portugueses agarrar para açicatar os desejos revanchistas que roçam os territórios de nacionalismo. E convém não esquecer o seguinte: quando os argumentos económicos da recuperação portuguesa deitarem por terra o "restelismo" socialista, assente na penúria e na exaustão de meios, vislumbro que outras armas de arremesso sejam recrutadas. Por isso é que o socialismo facilmente pode descambar para oportunas teatralizações, encenações com laivos de nacionalismo bacoco. Não sei o que fazer ao Sr. Costa enquanto chega ou não chega o Sr. Euclides.